2004-11-23

Dieldrina

Não acham que isto é uma hipocrisia, um disparate, um atirar de areia para os olhos? A merda do tabaco há muito que se sabe que faz mal, que está infestado com químicos da pior espécie, porcarias tóxicas e viciantes, que provoca doenças cancerígenas, que mata. Agora, que se descobriu um pesticida vão ser retirados do mercado os lotes afectados? Mas que conversa é esta? Então e os outros sem pesticida e igualmente fatais? Com o pesticida morrem mais depressa ou de maneira pior? Como se pode garantir a qualidade dos cigarros se são sem qualquer sombra de dúvida um malefício para a saúde?

"Se fosse eu que mandasse" retirava todo os cigarros, mas não apenas das lojas, eliminava todo e qualquer tipo de tabaco, acabava com uma indústria que gera milhões aos produtores e aos Estados, desapareceria com esta droga - das piores - da economia e da sociedade, acabava-se com a poluição dos corpos, dos espaços. (Mas claro que havia as consequências sociais e económicas das pessoas e diversas empresas...)

4 comments:

  1. Mais de metado do preço do tabaco são impostos. Daí que os fumadores sejam geradores de lucro para o Estado e não há interesse em abolir com tabaco do mercado. Em contrapartida, os fumadores são os mais despesas têm ao nivel de saúde e enchem serviços de urgências dos hospitais.
    Mas Sr. Zarp, as suas ideias, apesar de muito boas, são anti-politicas. Essa atitude não o levaria longe na política portuguesa, infelizmente.
    Peço desculpa não escrever mais, mas tenho que ir fumar mais um cigarrito.

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  2. Pois....... como geram muito dinheiro convém mantê-los mais ou menos "saudáveis" durante uns tempitos, assim sempre vão gerando mais e mais lucros.......
    Hipocrisia!!!!!!!! Pura!!!!

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  3. Apesar de não suportar o fumo e cheiro do tabaco considero esta posição um pouco radical. Chega a ser mesmo muito pouco democrático simplesmente querer que seja banido do mercado um produto com o qual não se identifique. Acontece que existem pessoas que sentem prazer de fumar (apesar de eu não conhecer esse prazer) e que são responsáveis pela sua saúde. O pior é que não são responsáveis pela saúde dos que atingem com o seu fumo...

    Por essa lógica também se proibía o consumo do alcool, que mata milhares todos os anos e o consumo de produtos carregados de gordura que traz, entre outras consequências, a do nosso país ser o 2º da Europa com maior índice de obesidade infantil.

    Tudo o que é demais faz mal, mas não se pode privar ninguém de fazer a sua escolha.

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  4. Sim, admito que possa parecer pouco democrático. Um dos lemas do Maio de 68 era "é proibido proibir". Mas a ditadura do tabaco na nossa sociedade atingiu proporções ultrajantes. O fumo, a atitude intolerante, egoísta e porca (quem mais suja é o fumador, beatas para o chão, quer seja uma só, quer seja do cinzeiro cheíssimo do carro entornado na rua, isso estou eu fartinho de ver!) do fumador intromete-se na minha liberdade de não fumar, de viver e cheirar a limpo. Posso estar a ser duro, mas sinto raiva do cigarro. O excesso de tabaco foi uma das razões para que as minhas saídas à noite a bares e discotecas se reduzissem substancialmente. Cada vez mais me sinto fisicamente incomodado pela poluição, a roupa que fica a tresandar a fumo, o barulho ensurdecedor dos locais fechaso transformados em estufas-celas de gases poluentes.

    O acto de fumar, que por variadíssimas razões surge, acaba por afastar as pessoas. Sendo uma minoria que se impõe à maioria não fumadora, eles acabam ficando todos juntos. Ou seja, ora afastando-se, ora ostracizados, o fumador é amigo, ou sai com amigo fumador também. No meu caso, no meu grupo de amigos mais próximo ninguem fuma, e esta selecção nunca foi de menosprezar aquele que fuma. Aconteceu que os nossos amigos e ex-colegas fumadores, nunca se tornaram muito mais chegados. Uma selecção natural simples, sem agressões ou arrogâncias.

    Felizmente os meus actuais colegas de trabalho não fumam. O contacto com o tabaco é raro. Mas não deixo de expôr a minha opinião em como é um mal que mais tarde ou mais cedo deverá desaparecer da sociedade.

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