2010-06-25

Lego for grownups

2010-06-23

JL

2010-06-22

Dignificar símbolos

Os símbolos são códigos de linguagem, real, histórica, imaginativa, perceptiva, emocional, política, cultural. Dão rosto e forma a ideias, legados, atitudes. Os símbolos têm uma representação física impossíveis de ignorar. O desrespeito pelos valores que o identificam pode entender-se, no mínimo, como uma ofensa.
O Presidente da República é o símbolo político do Estado. É a figura maior da estrutura republicana de uma nação. Um Presidente - seja ele quem for - é presidente de todos. Um Presidente não tem espírito, nem sexo, nem querelas. Um Presidente está acima de questões estéreis e conflitos de personalidade. Um Presidente existe e enquanto tal representa um país, uma nação.

O Presidente Cavaco Silva, em mais umas das suas decisões misteriosas, ignorou um símbolo de dimensão infinitamente maior. Ao não estar presente na homenagem a José Saramago, Cavaco Silva deu uma má lição de respeito e educação, retirou o significado institucional que lhe é conferido pela Constituição e pelo povo enquanto Presidente da República Portuguesa. Uns poderão dizer que a ausência foi coerente e que se comparecesse seria uma acto de cinismo e hipocrisia. Mas conhecida antipatia mútua, apesar de notoriamente pessoal e política, é algo que não podia prevalecer como uma alma-penada sobre as exéquias fúnebres, pois quem estaria presente seria, não o cidadão Aníbal Cavaco Silva, mas sim o Presidente da República em representação de todos os portugueses numa cerimónia oficial de homenagem nacional. Podia até Saramago não querer que estivesse presente, mas as circunstâncias da vida colocaram Cavaco como o alto magistrado da nação, e como tal a sua presença seria óbvia. Cavaco Silva, apesar da mensagem breve mas correcta que emitiu no dia do falecimento, com a sua ausência tirou dignidade ao seu próprio cargo, alimentou um desconforto institucional evitável e demonstrou desprezo pelo valor do maior símbolo nacional cultural e com maior projecção mundial dos últimos 40 anos.
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2010-06-20

Freedom

"Every conflict over the last 70 years has its own defining image: Vietnam, China, Iraq.
And now Iran."



"How I secretly filmed the 'For Neda' documentary"
The Iranian regime is trying to neutralise the impact of protest victim Neda Agha-Soltan's death. The real story has to be told.
By Saeed Kamali Dehghan, via The Guardian
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2010-06-18

Obrigado José Saramago



Há doze anos atrás, na melhor livraria das Caldas da Rainha - Livraria 107 - tive o privilégio de ter à minha frente José Saramago. Não sou tipo de valorizar ou obter autógrafos, mas acontece que o único que tenho é dele. Nestas ocasiões raramente surgem as palavras adequadas para se dizer, mas gostaria de lhe ter dito também que o livro em questão, "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", foi uma das leituras mais marcantes da minha vida - pela original fluidez narrativa, pela acutilância da estrutura, pela pertinência da história, pela abertura de uma visão nova. Foi isso que me levou lá, pois nunca mais li um texto da mesma forma. Saramago teve em mim um efeito transformador da visão da leitura, e com isso uma transformadora leitura da visão.
O meu gosto pela sua literatura prendeu-se sempre pela força e intempestividade da sua criatividade, mas também pela combatividade e frontalidade do cidadão José Saramago, mesmo que por vezes discordasse dele.
Era com imensa ternura que observava a bela história de amor entre Saramago e Pilar, interpretada em dedicatória no seu último livro "Caim" como uma das formas mais emocionantes que já li - "A Pilar, como se dissesse água".
Agradeço-lhe os livros que escreveu. Agradeço-lhe as palavras e as frases que me abriram o imaginário. Agradeço o valor ímpar que trouxe para a lusofonia. Agradeço a sua paixão e coragem. Agradeço a sua inteligência e lucidez. Agradeço as mudanças que em mim causou. Foi uma honra conhecê-lo, meu caro.
Obrigado José Saramago.
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Learn to save

Super Sexy Abdominal Thrust from Super Sexy CPR on Vimeo.

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2010-06-17

1284



Vivo / Young&Rubicam Brasil / O2 Filmes
Eu Vivo a Seleção


Fosse a Vivo uma brand global, seria fantástico uma campanha centrada em cada maior craque de futebol de cada país.
Em Portugal "O último golo de Eusébio pela Selecção". Pela Argentina "El último gol de Maradona pela Selección". Em Inglaterra "Bobby Charlton's last goal for England". Em França "Le dernière but de Platini pour la Sélection". Na Alemanha "Das letzte Tor für die Mannschaft von Beckenbauer".
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If Vivo were a global brand it would be amazing to have a campaign with each country's greatest football player.
For England it could be "Bobby Charlton's last goal for England". In Portugal "O último golo de Eusébio pela Selecção". In Argentina "El último gol de Maradona pela Selección". In France "Le dernière but de Platini pour la Sélection". For Germany "Das letzte Tor für die Mannschaft von Beckenbauer".
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2010-06-16

Mac mini



2010-06-15

Guggenheim + YouTube

2010-06-14

A insustentável situação do ser

1.
Tenho como norma não entrar no velho e caquético modo lusitano de queixa permanente, ou tão pouco disparar antes de perguntar. Porque falar mal por falar está este país cheio, seja através de barbaridades comuns e insultos ordinários, seja por palavras demagógicas e circunstanciais. Procuro sempre analisar e reflectir antes de opinar ao confrontar-me com a extensão de problemas e questões que atravessam todo o espectro do que no fundo é Portugal, sendo que não é possível fugir do óbvio ou ignorar as características do ser.

2.
Este passado dia 10 de Junho celebrou-se mais um Dia de Portugal. Contudo até que ponto é isto transposto numa identidade colectiva que de uma forma ou de outra desvaloriza, ou desonra, como nas palavras de António Barreto, a memória de feitos e pessoas? Que povo é este que não sente o destino de uma nação para além de um triste fado a todos condenado, que se resigna às situações com receio da mudança?
A inevitabilidade constante do ser português conduz ciclicamente a estas situações insustentáveis. E o problema emperra na falta condições de saída pela simples questão, igualmente nacional, de falta de planeamento, de falta de coragem. Não pensar o futuro como um objectivo tem conduzido o país a soluções de curto prazo e vistas curtas. Na verdade, tudo é curto. Seja na laboração, seja nos resultados, seja no bolso. Até a força expressiva de ser português peca na curta dedicação individual e colectiva, peca na desesperança pelo bem comum, peca na curta miragem de um sonho que já não existe. O país perdeu estima e respeito próprios, onde só o futebol é razão para patriotismo.

Portugal foi perdendo o seu caminho. Por uma monarquia de feudos, por um republicanismo confuso, por um nacionalismo retrógado, por uma utopia inconsequente, e finalmente por um capitalismo facilitista. Os últimos vinte anos conduziram a um laxismo por demais evidente, e que rapidamente se transformou em lixismo igualmente generalizado, significando que a única visão palpável de um futuro que já começou, se situa entre lixados (quase todos) e lixo (de diversa espécie).

Portugal vive ciclicamente de oportunidades perdidas. Por não saber organizar-se, por apenas queixar-se, por premiar a mediocricidade, por invejar e desvalorizar o mérito sem lhe seguir o bom exemplo. É tanto uma questão nacional como individual. De nada serve ambicionar ser como finlandeses ou espanhois. Eles são como são porque possuem as suas peculiares características nacionais de finlandeses e espanhois que todos sabemos como são. Mas nem eles próprios são perfeitos, o que nos obriga que a mudança de atitude e objectividade nacionais seja entendida como um factor de mudança de como ser português. Cai-se sempre na mitologia que "antes éramos os maiores do mundo" sem se entender isso como um alicerce para o futuro. Sonhamos com o passado embora presos num presente sem futuro. Soundbyte ou não, Portugal não consegue libertar o futuro. Porque para isso é preciso pensar, organizar, planear tudo o que seja necessário para construir um futuro sustentável - na educação, na justiça social, na mobilidade, na integridade territorial, na valorização do melhor que cá se produz, no regressar à agricultura. Tudo isto necessita de bom senso, seriedade, objectividade e planeamento. O que claramente tem faltado e que leva cada vez mais as pessoas a afastarem-se e a revoltarem-se contra a política. Mas, se o português num modo geral assim é, como poderia a classe dirigente não ser afinal um retrato do povo que o elege? Estamos condicionados a um sistema político-eleitoral de partidos que sobrevivem no seguidismo cerceadora na sua maioria da liberdade de pensamento e responsabilidade individuais dos seus deputados, que na essência não conhecemos, e que apesar da presente legislatura possuir poderes para alterar a Constituição, repetidamente se manifestam contra modificar para uma representatividade directa, proporcional e uninominal como no Reino Unido, em França e nos EUA.

3.
Estamos tão adormecidos ou perdidos nisto que nem o melhor instrumento para a introspecção e a revolta funciona. Um país que já nem consegue rir-se de si próprio é um país justamente amorfo na sua condição vazia. Onde está o pensamento crítico do humor? Que aconteceu ao humor político que tão bem funciona em momentos de crise? A subjectividade da análise crítica através do humor é uma poderosa arma para abrir olhos, forçar mudanças, reavivar combates. Parecem-me todos resignados a não tocar no desinteressante (que não deixa de ser verdade) mas que atinge a todos de uma forma ou de outra. Falta-nos os Contemporâneos, falta-nos um Jon Stewart português. Não fosse o "aburguesamento" dos Gato Fedorento e poderiam ser eles o porta-estandarte de uma nova condição crítica, de uma opinião pública que pressione, tão essencial para uma sociedade que se pretende moderna e participativa.

Uma coisa é nos revermos numa identidade nacional colectiva outra é projectar uma ideia de modificar a identidade nacional individual. Se não queremos ser como a maioria, cabe a cada um encetar a sua própria mudança. Se detestamos o José Sócrates, há que chutá-lo para fora. Se admiramos o José Mourinho, há que ser como ele.
A exigência deve começar em casa para se espalhar à comunidade. É um trabalho árduo e longo, que começa com a transmissão de ideias, valores e acções democráticas, justas e sérias aos nossos filhos. Quantos mais colaborarem neste objectivo melhor será a capacidade de renovar mentalidades, características, trabalhadores, dirigentes e elites.
Pois esta insustentável mediocridade actual, se não cair este Verão, manter-se-á por mais um ano, e será mais um ano perdido a somar a tantos e tantos outros.
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2010-06-12

Team Talk

2010-06-11

World Africa



The second most wonderful event of human sport and friendship is hosted by the rainbow nation. South Africa holds the pride and joy of the entire continent to make this football World cup tournament a great moment.
May the best team win. And that would be Spain and England.
Best of luck for all african squads (South Africa, Ivory Coast, Cameroon, Ghana, Nigeria and Algeria), and for Holland and Japan.
And of course, Portugal.

O segundo mais fantástico evento desportivo e fraterno da humanidade é iniciado hoje na nação arco-íris. A África do Sul declara o seu orgulho e alegria de todo o continente para fazer deste Campeonato do Mundo de futebol um momento estupendo.
Que ganhe a melhor equipa. Que são Espanha e Inglaterra.
A melhor sorte para as equipas africanas (África do Sul, Costa do Marfim, Camarões, Gana, Nigéria e Argélia), e para a Holanda e o Japão.
E claro, para Portugal também.

2010-06-09

CTT Consigo



CTT Consigo, by STRAT
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2010-06-07

iPhone 4









2010-06-04

What are you looking at?

2010-06-02

On-line, no-life



Cartoon by Joe Heller, Wisconsin -- The Green Bay Press-Gazette
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