2005-06-29

Desperate husband



Antes de saber quando e onde daria por cá, já tinha lido que "Desperate Housewives" era "the-next-big-thing" após "Sex and the City". Com entusiasmo esperei e vi os primeiros episódios, mas cedo sucumbi ao desespero, pois na SIC não dá para seguir uma série de culto. Não respeitam o tele-espectador: primeiro foi com "Sex and the City" sempre em horários e dias diferentes e depois interrompido, seguiu-se "Alias" ("A Vingadora" é título tão estúpido) e agora as "novas gajas".

Começando por dar aos domingos ao fim da tarde, passou para depois do almoço e agora nem sei. Mas repete às terças à meia-noite: a minha salvação. Mas no desespero estou à beira de desistir. Ontem não aguentei a espera. Incrivelmente programado para 00:55, só por causa da puta da telenovela! Agora essa merda entra pela madrugada! De segunda a sábado (!) os serões estão preenchidos de comé(r)dia e duas brasileiradas contínuas, desde as 21 até quase 01h da manhã! É inconcebível! No cansaço que tinha não aguentei a espera e fui deitar-me, e assim não pude ver a "minha" doce Susan (cada vez mais fabulosa Teri Hatcher), a "quente" Gabrielle, a "estóica" Lynette e, a personagem mais interessante, a "competentíssima" mas misteriosa Bree, (a boazona Edie não interessa...).
Já perdi 2 ou 3 episódios, Que fazer agora? Esperar - desesperadamente - para o próximo domingo ou terça...

2005-06-28

Humanos excelentíssimos


28 e 29 Junho / Coliseu dos Recreios, Lisboa
04 Julho / Coliseu do Porto

Carta aberta

A João César das Neves

Eu já conheço as suas posições há algum tempo e, devo "confessar" não as entendo. Pela simples razão de me parecer obtusa e incredulamente estranha, dogmática e mais papista que o Papa. Tentando, na lógica de quanto mais informação melhor, compreender as diversas opiniões que cada pessoa possa produzir, as suas entram em colisão com a minha linha de pensamento.

Partilho da opinião de Pedro Mexia (descrita no seu blog Fora do Mundo) e, com educação e sentido de livre expressão lhe manifesto o meu profundo espanto por se reger por "normas" e ideias que se encontram desencontradas da realidade actual e do seu desenvolvimento futuro. Faz-me "espécie" a sua defesa de um tradicionalismo que poucos seguirão de verdade, a sua indagação/indignação por práticas várias que irão contra a doutrina oficial, mais defendidas por si que por um clérigo. Nada contra quem segue a via religiosa como vocação/profissão, mas não seria esse o seu sonho nunca realizado?

Reger-se por moralismos - que para uns soa a falso - é uma coisa, difundi-los ofendendo por vezes é outra. A liberdade de um não deve interferir na liberdade dos outros, mesmo havendo normas naturais para a saudável coexistência na/da sociedade.


Cordialmente, JCN respondeu-me, ao que depois acrescentei:

Na verdade sei que a sua opinião é de muitos milhões, assim como a minha é de outros tantos. Felizmente podemos todos discutir e partilhá-las e, não queira presumir que o chamo de estúpido. Longe de mim insultá-lo, a lógica da boa conversação e discussão de ideias a isso impede. Reconhecendo que o seu pensamento é tão válido como qualquer outro, quando diz "Eu só conheço o que entendo" estou perfeitamente de acordo e não pretendo libertar-me "da necessidade de tentar entender essas posições". Tentar compreender e aceitar não impede, tal como a si, mudar determinadas opiniões. Sei também que é alvo-permanente em diversas crónicas e deve ser dificil lidar com isso.

Contudo, quando afirmo que "a liberdade de um não deve interferir na liberdade dos outros", no que concerne à questão sexual digo-lhe que concordo quando diz que é "o contrário do sistema que a sociedade usa em todos os outros domínios", mas o uso do corpo e da sexualidade é única, exclusiva de cada um (exceptuando obviamente os casos de prostituição e escravidão sexual). Não acredito nos efeitos negativos sobre a estabilidade e o equilíbrio social, acredito, isso sim, na libertação (atenção, não libertinagem) psíquica que pode advir do sexo, na estrutura de leveza e equilíbrio individuais produzidos, pelo bem-estar. Não creio estar em causa a família, não deixará de haver heterossexuais, como nunca deixou de haver homossexualdade, com a aceitação e convivência entre pessoas que aceitam o outro independentemente da sua "condição" sexual.

Os valores permancerão: amor, estabilidade e respeito são sempre tudo aquilo que homens e mulhers querem com os nossos entes queridos. Mas sexo, dinheiro e poder são a trindade da corrupção humana ao longo de milénios, mas podemos construir uma sociedade que, mesmo com regras - novas e tradicionais - leve a condição humana a níveis de confraternização e respeito cada vez maiores. Utópico? Talvez. Mas tal como o senhor, penso o que penso, e gostei de partilhá-lo.

2005-06-27

Designåret 2005



"2005 é o ano do design na Suécia. "É uma grande operação de marketing", diz Stefan Nilsson, da Svensk Form, a associação sueca para o design e os ofícios que o governo escolheu há três anos para ser a sede da campanha nacional e internacional." PúblicoDomingo, 26 Junho
Ano do Design na Suécia.

Monstro domina metade



Como Gollum, Portugal mergulhou nas Trevas do aliciamento do Anel, consumindo-o aos poucos e onde pouco resta do que já fora. Metade da riqueza do país é vorazmente consumido pelo Estado. Acreditamos mesmo que Aragorn (Sócrates) e Frodo (Campos e Cunha) poderão salvar-nos? Acreditamos mesmo no futuro?

2005-06-26

Melo D: Chega de Saudade



Ao segundo album Melo D (ex-Cool Hipnoise) atinge o som certo. Não é que a estreia com Outro Universo estivesse errada, longe disso. Ainda alguma matriz da banda, mas com as claras influências (Barry White, Marvin Gaye) a surgirem. Que melhor explorou no novo disco "Chega de Saudade". Este demonstra uma maior autonomia criativa, um som ecléctico da Lisboa africana e urbana, afinal de uma sonoridade mestiça que sempre houve na lusofonia.

2005-06-24

Design: Citroën C1


2005-06-23

Batman Begins



Sempre foi o meu herói favorito. Aquele simples homem sem superpoderes, mas com uma energia e tecnologia ímpares. Com tudo negro na sua vida, uma aura de mistério e aventura, percorrendo a sinistra Gotham City. A série de TV dos anos 60 - hoje, como adulto, acho uma paródia - foi a iniciação, seguindo-se os brinquedos batmobile, batcopter e o batboat e, obviamente o action-figure Batman himself. Alguns livros de BD, as séries de animação, os fabulosos-negros filmes de Tim Burton, a estranheza dos de Joel Schumacher onde só os vilões eram "fixes". Agora temos, também aqui, uma prequela (co'a breca, é mania já), que nos revela a origem do Dark Avenger. Mas confesso que tenho medo deste filme, soa-me a simples blockbuster, recheado de leit-motivs e lugares-comuns da moda (misticismo e orientalismo, entre o Caine de "Kung Fu" e "Sete anos no Tibete"), um carro que se parece com um tanque (para onde foi a elegância?), um Bruce Wayne (Christian Bale, que só gostei em "Velvet Goldmine") ainda mais apático. Mas foi realizado por Christopher Nolan, autor do magnífico "Memento" e de "Insomnia", o que deixa alguma curiosidade. Mas de qualquer maneira não irei perder o filme, pois o espírito-Batman em mim permanece.

Crash


When you are moving at the speed of life,
we are bound to collide with each other.


A extrema e negra densidade do ser humano, num mundo cada vez mais complexo. Em muito me tem seduzido este filme.
Crash estreia hoje.

iPod: Podcasting

Há uma nova febre entre os utilizadores iPod. Chama-se Podcasting.
Pode-se entender isto como se fossem programas de rádio que podemos copiar para o nosso iPod e ouvir onde quisermos.
Para ouvirmos estes "programas de rádio" basta instalarmos um software que gere estes conteúdos, transferindo para o computador os "programas de rádio" que subscrevemos. Depois basta ligarmos o iPod ao computador e fica automaticamente actualizado com o programa mais recente.

Para dar um exemplo, podemos subscrever um Podcast de música Jazz, onde podemos ouvir uma selecção do melhor de Jazz no nosso iPod.
Tenho dúvidas quanto às questões legais que envolvem os Podcasts, pois no fundo decarregamos músicas para o nosso iPod. Por outro lado: "Who cares?" O que importa é que a partir de agora nem precisamos de comprar CD's (atenção que não estou a apelar à pirataria. Se gostam de música, comprem-na!), basta subscrever Podcasts com o nosso estilo musical preferido e assim ouvir as musicas que gostamos! Não é óptimo?
Nem só música existe nos Podcasts, também há outro tipo de contéudos tal como uma rádio normal (noticias, entrevistas, etc)


Para saber mais sobre este conceito:
What is Podcasting

Para ficar a par dos últimos Podcasts e o software disponível:
PodcastingNews

Espera-se que a próxima versão do iTunes tenha suporte directo aos Podcasts e assim excusamos de recorrer a outro software.

Blair for Europe - II

"The issue is not between a "free market" Europe and a social Europe, between those who want to retreat to a common market and those who believe in Europe as a political project. This is not just a misrepresentation. It is to intimidate those who want change in Europe by representing the desire for change as betrayal of the European ideal, to try to shut off serious debate about Europe's future by claiming that the very insistence on debate is to embrace the anti-Europe. (...) I believe in Europe as a political project. I believe in Europe with a strong and caring social dimension. I would never accept a Europe that was simply an economic market."
Discurso de Tony Blair, hoje no Parlamento Europeu

"To respond to the greatest crisis of popular confidence in the European project for 50 years by having a Franco-British row over money is like a couple reacting to the complete trashing of their house in a flash flood by bickering over who does the ironing. (...) So now it's back to Tony, the great communicator. What should he say to the European parliament? I think he should say that the great challenges to Europe do indeed lie outside our frontiers, not in the minutiae of our institutions."
Timothy Garton Ash, The Guardian

2005-06-21

Blair for Europe

"Europe just cannot wait 10 years or more for change." (...) "It is those who believe in Europe most who should be the most ardent advocates of changing it."
"The crisis is not about the failure of Europe's leaders to reach agreement with each other. The crisis is about the failure of Europe's leaders to reach agreement with the people of Europe about the issues that concern them."
Tony Blair,
ontem, perante a Câmara dos Comuns

Numa UE com líderes de fraqueza diversa e/ou que pensam que lideram alguma coisa para a Europa, Tony Blair PM britânico é, como já referi o único capaz de "dar a volta" a isto. "I want my money back" chegará ao fim na presidência inglesa a partir de 1 de Julho, e toda a forma de orçamentação e subsídios inúteis deverão acabar. Foi preferível "chumbar" um mau orçamento (sendo no entanto vergonhoso tudo o que se passou); urge encontrar uma nova e eficaz ideia para a Europa assente no futuro e não nas benesses do passado. Blair conduzirá, com importantes apoios que de certo surgirão entre os colegas-membros, a União segundo um projecto concreto e viável, que hoje, perdida a Constituição não existe de todo.

2005-06-20

Lost



Já dá na RTP1 há várias semanas e, tal como o 24, tem-me consumido no tempo de espera entre um episódio e outro. Um grupo deveras heterogéneo sobrevive a uma queda de avião numa ilha algures no Pacífico. Mas não é um local idílico: perdidos na incerteza do que aquele território esconde e os coloca em perigo, "Lost" ("Perdidos") é uma genial recriação da "Ilha Misteriosa" de Verne levado ao limite da imaginação e do suspense, recheado de surpreendentes volte-faces narrativos e descrições histórico-psicológicas muito bem elaboradas das diversas personagens. A não perder.

RTP1 / Domimgos / 15h

Odeio-os

Todos aqueles, em particular os grupos organizados de nacionalistas que são xenófobos/racistas/energúmenos. A manifestação de sábado foi, como sempre, uma provocação (ao contrário do que afirmam num artigo da revista "Pública" de ontem) e, acima de tudo mais um sintoma evidente da transformação da nossa sociedade, quer pelo novos tempos, quer pelo aproveitamento dos tempos difíceis. Encaramos hoje uma realidade que há muito já surgiu nos países do norte da Europa; sempre no atraso dos acontecimentos Portugal, com estas manifestações contaminantes, instigadoras do ódio, pode com o auxílio de muitos factores sócio-económicos (vejam-se as greves de sexta passada) empolar para formas igualmente atrasadas de atitudes em tudo contra a democracia e a paz social. Ao ouvir, na SIC, antes da manif aquela besta a falar, juro, que me apetecia partir-lhe os dentes. Como escreve Luis Filipe Borges hoje n'A Capital "a esses tipos não se dá tempo de antena, dá-se-lhes com uma antena nos cornos". O pior é que a violência gera violência, e estes gajos soltam o pior de mim - mas contra eles. Exaltar-se a condição de branco é diferente de insultar as outras cores; promover a própria cultura não é afirmar superioridade; combater a criminalidade não é querer "espaço vital" ou algo próximo da "solução final".

2005-06-17

Design: Livros

2005-06-14

Design: Editorial


Edição especialíssima. Duas capas: frente e verso. Reedição de DNA sobre Álvaro Cunhal.

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes
E eu acreditava.
Acreditava.
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.

"Adeus", in «Os Amantes sem Dinheiro» (1950)

2005-06-13

3 finais de vidas marcantes

FINAL UM
A força da muralha d'aço
Quem não está com a Revolução, está com a Reacção. Vou-me, já nada me resta aqui. Fiz o que tinha e pude fazer.
Vasco Gonçalves 03.05.1921-11.06.2005

FINAL DOIS
De (quase) um século de luta

Espera aí "companheiro Vasco"! Arranjas lugar para mais um? Este teu amigo de lutas também por cá deixa seu corpo. Foram muitos anos camarada. Quase todo o século XX. Para muitos que há demasiado tempo por aqui permaneço, mas com firmeza me aguentei sempre. Façamos nova revolução no incógnito do lugar para onde vamos, que achas?
Álvaro Cunhal 1913-13.06.2005

FINAL TRÊS
Adeus ao homem da severa serenidade

No prato da balança um verso basta para pesar no outro a minha vida.
Eugénio de Andrade 19.01.1923-13.06.2005

2005-06-09

Apple + Intel



A transição (surpresa) mediática e estratégica para processadores Intel, devo confessar, não foi para mim um choque. Ao contrário de muitos, que consideram isto como a venda da alma ao Diabo, dado que a IBM deixou de ser o melhor parceiro (aliás não foi esta uma das precursoras dos PCs?), pelo pragmatismo da questão, de estratégia e evolução de futuro, para a Apple, a sua imagem e o futuro da informática, esta "third transition" é de extrema importância. Eu só vejo vantagens: melhor planificação e evolução das plataformas, concorrência mais feroz contra a Microsoft, maior facilidade de migração de PCs para Mac, possível redução de custos para o consumidor, a garantia de uma parceria única capaz de produzir - ainda mais - os melhores computadores para o futuro. Como Steve Jobs (the Apple-soul) referiu na Conferência de São Francisco no passado dia 6, o desenvolvimento sustentado e de vanguarda está assegurado para os próximos vinte anos, ou seja, caminharemos cada vez mais para instrumentos de computação - ainda - mais rápidos, mais fiáveis, mais belos, mais simples, graças à Apple e com o apoio estratégico da Intel. Desde que não haja os horrorosos autocolantes "intel inside" nas máquinas...

Vejam Steve Jobs neste video na conferência WWDC2005.

2005-06-08

Act now, or else...

G8 scientists tell Bush
An unprecedented warning as global warming worsens
An unprecedented joint statement issued by the leading scientific academies of the world has called on the G8 governments to take urgent action to avert a global catastrophe caused by climate change. The Independent

Anne Bancroft 1931-2005

2005-06-07

Chelsea re-branding

The treaty is dead, long live the union

Como se esperava, Londres suspendeu a legislação que permitiria referendar o Tratado Constitucional, e com isso, a ilha simbolicamente deu novos contornos à abordagem do continente sobre o que fazer agora. Com uma provável vitória do "No", a derrota britânica - que não seria de todo inesperada - após "Non" e "Nee" funcionaria como um golpe tão fatal como estes, e os próximos referendos que/se houver, dadas as circunstâncias, não nos dão a certeza absoluta de um resultado ratificador. A especificidade - palavra tão em voga nos meandros europeus - da intervenção política inglesa na construção europeia, tornou-se com Tony Blair numa peça importantíssima no xadrez da UE. O sucesso e a experiência das suas políticas internas apesar da não integração no Euro, o poder económico e social, mas também político e militar, colocam o Reino Unido num patamar de decisão tão válido quanto a França e a Alemanha, tradicionais "motores" do projecto europeu, onde, por ironia a crise tem origem. A falha dos objectivos internos (Alemanha e França), os medos e os preconceitos (França) extravasaram para um sentimento que roça quase um anti-europeísmo de contornos vários.
Fala-se de falta de liderança, saudades de Miterrand, Kohl e Delors, homens "providenciais" e com visão. De facto hoje não temos isso, mas não faltou coragem para avançar para o projecto do Tratado. Contudo, como muitos acusam, e como vemos após referendos e
seguintes reacções, pelos desejos e objectivos comuns e diferenciados, o caminho preparado pela Convenção não foi o melhor. A ideia de uma união muito mais política e económica a implementar em breve será elaborada no retomar do trilho dos "pequenos passos", segundo o qual ao longo de quarenta anos se edificou este projecto.

A cimeira de 16 e 17 próximos, onde se decidirá se o processo de ratificação continuará ou se se opta pela sua suspensão, será a mais importante dos últimos anos. A necessidade de encontrar, de facto, um projecto político de futuro, que funcione como uma ideia verdadeiramente de encontro com os desejos dos povos europeus torna-se agora mais premente que nunca.

Ontem na RTP1, no "Prós e Contras", discutiu-se o
Tratado Constitucional. Pelo "sim" e pelo "não" se esgrimaram argumentos, todos eles válidos, tão esclarecedores para compreender, quanto confusos para uma decisão referendária. Momentos houve que apoiava o "não" e depois os argumentos do "sim" me atraíam de novo...


PS: Soube agora, a República Checa suspendeu o seu processo de ratificação...

2005-06-06

Apple: iPod




O melhor leitor de MP3 do mundo chegou às minhas mãos.
Já sabia que os aniversários são dias felizes, mas não estava preparado para tanto. Era manhã cedo, já tinha desembrulhado todas as prendas nessa mesma noite e eis que a minha mais-que-tudo me surpreende com mais uma. Tinha uma forma cúbica que logo me despertou o interesse. Quando abri, nem queria acreditar. Uma caixa preta com uma maçã no topo reluziu para mim as letras "iPOD".
Fui abençoado neste fim-de-semana, só pode.

2005-06-04

Regresso do 'herói'

2005-06-03

Biblioteca minha: Urzes


Hoje, com o Independente.

Money makes the world go around?

Não em Portugal. Pelo menos nas micro e pequenas empresas, a grande maioria da estrutura sócio-económica nacional. O esforço do trabalho que, dada a crise, não produz o rendimento adequado ou o retorno necessário a tempo para se conseguir a manutenção do bom trabalho. É a carga fiscal igual para empresas de 5 ou 30 trabalhadores, o IVA que irá subir para 21%. Como sempre o transpirado e honesto trabalhador pagará a incompetência do Estado. Com o dinheiro que não entra, como pode o dinheiro sair? Logo, onde está o dito? Actuamos com um esforço comum assentes na ideia de que o dinheiro existe. Entretanto, o Estado trata bem os seus "ocasionais" funcionários...

Downloads

Estão disponíveis - no sidebar, última secção - diversos documentos em PDF para download.
- Benzine #1 e #2
- The Practical Power of Design
- Protocolo de Bolonha
- Europe's West Coast
- Tratado Constitucional UE
Capa e índice / Preâmbulo / Partes I a IV / Protocolos anexos 1, 2, 6, 7, 10, 11, 12, 29 e 34 / Acta Final: A. Declarações relativas a disposições da Constituição & B. Declarações relativas a Protocolos anexados à Constituição. [Conjunto "zipado" de ficheiros PDF]

2005-06-02

Nee

Foi o que 61% dos holandeses disseram. O Tratado Constitucional caminha a passos largos para uma morte prematura e ficaremos todos reféns da incerteza que cobre agora a Europa. Os referendos checo, polaco e britânico estão em causa. A "imposição" da aprovação referendária está a colocar-nos numa imprecisão inédita, dado que, como se tem falado, não existe Plano B.

O segundo semestre terá a presidência britânica e, sabendo a inimizade que Chirac (aliás, gostará ele de alguém?) sente por Tony Blair, a posição de Londres, para além das particularidades habituais quanto à construção europeia - embora o NewLabour seja ineditamente o mais integrador de sempre - a factura dos referendos poderá transformar-se em fractura séria, colocando o futuro do projecto num patamar de renovação (necessária) ou de zaragata político-nacionalista (ideal absolutamente anti-europeia).

"As pessoas neste caso divorciaram-se dos políticos pelos piores motivos: recusa da entrada da Turquia na UE, medo de perder os empregos em detrimento dos novos cidadãos de pleno direito vindos do Leste, recusa de mais contribuições para o desenvolvimento dos países em vias de desenvolvimento e para o bem comum - o resto foi conversa fiada e nada teve que ver com o texto redigido pelos Estados-membros."
Luis Osório, no Editorial de hoje n'A Capital

2005-06-01

O melhor do mundo são as crianças

ainda o mal dentro de nós

Portugal é o 1º país da OCDE e o 6º no mundo inteiro, onde mais crianças morrem por abuso e maus tratos... Hoje é o Dia Mundial da Criança.