2006-08-31

Place Branding



Se projectar um país é um desafio novo, criar uma Marca para outros locais já não é uma novidade assim tão recente. No entanto, num mundo onde Estados, regiões e cidades competem entre si para obter consumidores, visitantes, negócios, talentos, investimento, atenção, respeito, a importância de uma marca diferenciadora urge.
Tal como no texto anterior sobre Branding Nations, a aplicação do mesmo conceito a regiões ou cidades é para Simon Anholt uma área de enorme potencial, e necessidade. Especialista em criar brand strategies for countries, cities and regions, é editor da Place Branding, onde em conjunto com muitos designers, marketeers e outros pensadores sobre o assunto, explora o conceito no seu todo e especifica os seus contextos e emergentes vantagens.


O projecto Branding Places enumera quatro tipos de brand de locais:

Nações

Nation Brands studies six verticals to determine the overall brand power of a specific country. Those six verticals include tourism, people, culture, investment/immigration, exports, and governance.

Regiões
Similar to Nation Brands, Regional Brands studies how others think about specific regions’ tourism, people, culture, investment/immigration, exports, and governance.

Estados
(federais, como EUA ou Alemanha)
Vital in attracting investment opportunities and tourism through the allocation of a nation brands overall brand.

Cidades
Are important in attracting investment opportunities, tourism and creating a reputable name. Depending on the size of the city, city brands must be studied at both the local and international levels.
Exemplo: Seul, Coreia do Sul


Simon Anholt é também um dos autores dos livros "Beyond Branding", "Brands and Branding" (Ed. The Economist) e "Brand America", e de "Brand New Justice".

Neste link textos em download gratuito da edição de Janeiro 2006 da Place Branding.

dizajnsrbija



Design promovido e divulgado na Sérvia. A sua crescente importância face, quer ao isolamento a que este país balcânico esteve votado desde as guerras jugoslavas, quer à emergente renovação do Estado e a sua aceitação no contexto europeu, particularmente agora que os restos da federação foram eliminados com o tratado de secessão com o Montenegro.

Em termos de apresentação da ideia, potencialidades e vantagens do design e do próprio modo como a mensagem é veiculada, tal como no Neo-Zelandês Better by Design (as semelhanças são óbvias), são muito mais eficazes que o "nosso" CPD.

Branding Nations: A World without Romania



Uma "Roménia Genial" com sabor a cerveja (filme produzido por SAB Miller).

2006-08-30

Branding Nations



Branding Nations

Num mundo de marcas no qual nos tornámos, tão invadidos, cativados e submissos às características do mercado global; depois das marcas comerciais, das marcas desportivas (clubes e selecções), das marcas de entretenimento (filmes e séries de TV) existe um campo onde o conceito ainda não está inteiramente desenvolvido ou devidamente aproveitado. A transnacionalidade das marcas, a sua presença constante enquanto "global brands", não retira lugar a uma determinada inovação conceptual de marca: as marcas nacionais, ou Nation Branding.
A área tem um potencial enorme, pois coloca a figura de um Estado ou Nação num grau equivalente a uma empresa do qual importa divulgar, vender e colher lucros.
E isto é particularmente necessário quanto decisivo face às emergentes exigências do mercado, num contexto tão globalmente interdependente, onde a luta por um pedaço de "chão" pode ser tão competitivo e potencialmente lucrativo, onde o conjunto de marcas e empresas nacionais podem ser um veículo de promoção planificado a par da venda da ideia desse próprio país.

O entendimento de um país tem sido feito até hoje apenas pelo conhecimento da sua história, pelo encontro das suas gentes, pela experiência das suas actividades económicas, pelas orientações políticas. Mas hoje, combinando tudo isto, podemos constituir, numa planificação sustentada em conceitos de mercado, para a promoção global e intensiva de um país, vendendo uma imagem renovada ou melhorada, apostar numa identidade positiva e internacionalmente ganhadora. Com isso a construção de uma imagem verdadeira daquilo que pretendemos ser nesta nossa nova realidade onde o mercado domina (quase) tudo, passa pela elaboração de uma inovadora estratégia nacional, um planeamento através do design e do marketing, orientado nas suas formas visuais e conceptuais, servindo de catapultas para a projecção do país, buscando coerentemente a valorização, o desenvolvimento e o reconhecimento internacional. Vender um país ainda com mais vigor que meramente promovê-lo; colher frutos a médio e longo prazo do que apenas publicidade esporádica.


Identificar
Mas catalogar, representar um país, numa imagética tanto gráfica como conceptual é tanto ou mais complexo que idealizar um mero logotipo empresarial, pois pressupõe contextualizar e demonstrar como é um povo, a sua atitude, o seu espírito, os seus valores. Facilmente os entendemos quando pensamos em Espanha ou Inglaterra - a proximidade ou as relações de séculos permitem-nos rapidamente identificá-los. Mas, por exemplo, que sabemos nós da Ucrânia? Ou, que sabem os lituanos de Portugal? A imagem de cada país perante o outro pode ser bem diferente daquilo que de facto é. O desconhecimento, a ignorância ou o preconceito são ainda vectores separadores e enganadores. Seremos nós, no Brasil, ainda os padeiros analfabetos, em França os empregados domésticos, nos EUA uns tipos hispânicos? Serão os polacos para os franceses, meramente canalizadores, como se falava por ocasião do (chumbado) referendo ao Tratado Constitucional? Pois se se trata de um entendimento do outro, deverá ser também o entendimento de um conceito específico, ou seja, dar a conhecer um país com um determinado posicionamento - económico, cultural e diferenciador. Tal como cada ser humano é único, também cada país pretende ser único.

A identidade nacional deve primeiro ser entendido como a percepção interna de si própria, e depois uma percepção internacional desse país. E se a língua é a minha pátria, a atitude é o meu povo, também por aqui se entende a definição dessa identidade nacional: os franceses são conhecidos como chauvinistas, os ingleses como snobs ou bêbados, os norte-americanos ignorantes ou imperialistas; o italiano é romântico, o escandinavo é distante, o árabe é fundamentalista, o japonês é estranho, o africano preguiçoso. Estas percepções, talvez não todas erradas, ocultam a verdadeira essência, os reais valores e atitudes desses povos. Na realidade os franceses são (também) cultos, os ingleses very polite, os norte-americanos inovadores. A conceptualização de uma national brand deve reproduzir estes aspectos, pois se as relações entre países existem, é através das pessoas que se concretiza.



Conceptualizar
Tarefa dificil, para além de anos de esforço, uma identidade nacional pode ser potenciada, transformada, melhorada. Em 1992 a Espanha realizou três eventos que marcaram para sempre, quer os espanhois quer o resto do mundo. Jogos Olímpicos de Barcelona, Expo de Sevilha e Madrid Capital Europeia da Cultura, fizeram no âmbito de um vasto e bem elaborado programa de promoção internacional, uma intensa e eficaz venda de uma Espanha moderna, culta e fascinante. Consequência? Um importante reposicionamento político internacional, uma interiorização nacional de êxito. Enquanto que a Expo98 Lisboa, apesar do sucesso e dimensão, permitiu uma valorização e divulgação melhores de Portugal, particularmente na Europa, mas ficou-se por aqui; houve depois apenas o Euro2004, no entanto isso é outro campeonato. A Expo2000 de Hanover não trouxe à Alemanha uma renovação eficaz da sua imagem, ainda que tecnológica e moderna, forte e pujante - fruto de modos atribulados na sua mediatização externa e da sua aceitação interna.
Os EUA são a terra da oportunidade, mas o seu carácter imperialista e belicista tem-se imposto cada vez mais, tornando-a um caso paradigmático entre os mais de 200 países do planeta. Ora se odeia numas coisas, ora se ama noutras. Tal como as mulheres "mal com elas, pior sem", mas a reconstrução da imagem americana desde o 11.09.2001 esbateu-se com a guerra no Iraque, e a desconfiança e antipatia pelas políticas da Administração Bush colocaram os EUA quase no oposto da era Clinton.

Então para reconstruir uma imagem, o que fazer? Por exemplo, como melhorar a imagem da Sérvia após as guerras civis jugoslavas? Como edificar um conceito para a República Checa e a Eslováquia após a separação pacífica da Checoslováquia? De que modo comunicar Cabo Verde como uma alternativa? Como potenciar um país como Portugal para enfrentar os desafios do séc.XXI?
Opções estratégicas políticas são a chave para avançar para a mudança? O motor é o país, e o combustível é um plano eficaz e coordenado que possa constituir a marca nacional.
A gestão da imagem e a comunicação da mesma são as ferramentas essenciais dessa ideia. O modo como são delineados fará o sucesso ou não do conceito, que igualmente por si, deverá constituir-se como potenciador, realista e verdadeiro. Um país é vulnerável pelas suas posições políticas, quer internas, quer externas e há que ter atenção à elaboração do conteúdo da mensagem de modo a não transmitir uma ideia errada, estereotipada ou insuficiente. Por isso é muito importante a força da criatividade e da originalidade da mensagem, estes farão de um bom conceito estratégico uma marca nacional de sucesso, e quando o país ganha, todos ganham.
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2006-08-27

The 2006 Global Student Animation Awards

Stash Magazine is very proud to present the winners of the 2006 Global Student Animation Awards.
(cliquem nas fotos para verem os videos)

ANIMATION WINNER / BEST OF 2006

"Humans"
Greg Gunn, Casey Hunt, Reza Rasoli
Otis College of Art & Design


MOTION DESIGN WINNER

"NikeID Conception"
Ted Gore
The Creative Circus School


VFX WINNER

"Diversion"
Aidan Gibbons, Simon Reeves
University of Hertfordshire


AUDIENCE CHOICE WINNER

"Travel Diary"
Keng-Ming Liu
School of Visual Arts

Puma bike

2006-08-25

Já estava farto de vacas

Terminou a Cow Parade Lisbon 2006.
Certamente quem andou por Lisboa já estava farto de tropeçar nelas.
Mas dizem por aí que a Cow Parade nunca terminará pelas ruas de Lisboa. Vá se lá saber o que isso quer dizer.

Mr.Zarp is back

Aqui fica a minha mensagem de boas-vindas pública para o meu amigo e companheiro blogista Zarp. Espero em breve grandes posts dele, como habitual.


Cheer up and welcome back!

Radio Blog

Apontado pelo Nuno, descobri o Radio Blog, que permite ter as nossas musicas no blog. Um dia perco um tempo para meter a funcionar como deve ser. Ou talvez não.

Aqui fica umas músicas:






Enjoy!

2006-08-23

webdesign


Conteúdo! Sempre o conteúdo!
Por muito esforço que um tipo faça na definição de uma estrutura gráfica de um website, tudo se resume ao conteúdo que lá colocamos, ou que o cliente lá quer colocar.
Sites tão populares como o Amazon ou a Cnn, baseam-se num estrutura-base algo simples, como podem ver neste estudo.
Pensem nisso quando fizerem a próxima maquete.

ads: touch it, feel it!





Cada vez mais os anunciantes procuram novas formas de captar a atenção do seu público. Uma das quais, é apelar ao novos sentidos, não se limitando à mera visão. Há quem coloque aromas nos anuncios das revistas ou arranjando complexos sistemas para que o seu anuncio ganhe "vida própria". Enfim, o que interessa é garantir ao seu público uma experiência próxima do produto final, de modo a que se garanta entusiasmo suficiente que o leve a querer experimentar the real thing!

2006-08-22

ads: Volvic



É vendo spots como este que me fazem pensar:
"Que bem eu me daria a escrever storyboards como este! Já estou a imaginar um outro... hummmm.."

ipod stuff: OhmiBod


(Não é uma lanterna fluorescente para quando o carro se avaria, não! Antes fosse!)

Tudo bem que o iPod agrada ao mulherio, isso todos nós já sabemos, agora que agrade assim tanto já é entrar em exagero! Enquanto que, para elas, pode ser a invenção do século, o mesmo não se pode dizer para nós, que corremos o risco de ser substituídos ao ouvir a frase: "Querido, hoje apetece-me ouvir um bocadinho de música antes de deitar.." Para os casais mais liberais, a conversa é que já é outra, que ainda se podem divertir ao ouvir, até ao fim, o albúm "Push the Button" dos Chemical Brothers. Depois há a parte de querer chegar a casa e "mostrar" (em substituição do "ouvir") aquele novo albúm ou playlist. Mesmo assim há o risco iminente de ouvir um comentário desastroso, do tipo: "Querido, vê lá se aguentas as primeiras três músicas."
Ah, lembram-se de todo aquele aparicanço que um tipo se esforçava a fazer, na escolha de uma musiquinha para criar o ambiente? Esqueçam! Metam o albúm de Prodigy a bombar e o dito faz o resto. Aproveitem para ir ao frigorífico beber mais uma cerveja.
Se isto não é suficientemente alarmante, pensem agora no ritmo com que os iPod's se estão a vender. E se o dito aparelho começar a atingir tal popularidade, hein?
Aconselho então, que todos tomem as devidas precauções, antes que seja tarde de mais:
- Não deixem que ela se habitue a levar o iPod para cama (música é para ouvir no rádio da cozinha ou, no máximo, no carro);
- Tenham atenção ao tipo de música que metem no iPod (controlem o vosso iTunes, música mais animada ou com algum tipo de ritmo propício à estimulação está excluído!);
- Desconfiem quando ela pedir um iPod Nano, por ser "mais prático".
- Em situação extrema, provoquem um acidente ao iPod dela, por forma a torná-lo inutilizável e enviem-no para reparação na Apple (ficam com 6 meses de espera garantidos, tempo mais que suficiente para lhe arranjarem outro passatempo)
Meus amigos, é por estas e por outras que, um gajo está sempre tramado. Tenham muito cuidado.

li o post, mas mesmo assim quero saber mais sobre o produto, mesmo que isso signifique colocar em causa a minha orientação sexual

ads: karate school


2006-08-21

Diários do Lubango

De regresso após umas inusitadas férias: uma quinzena em Angola e uma semana em Portugal com chuva e sem praia.

Quanto à nossa estadia por terras africanas, de tantas fotos, histórias e sucedidos optei ainda lá, por registar num blog à parte. Designado como Diários do Lubango, inicio hoje o relato de 16 dias de muita paisagem bela, (re)encontro com familiares de extraordinário afecto e confiança, calor humano e frio nocturno, viagens longas e fascinantes, ambiente africano/hemisfério sul, paludismo para os dois, e muita saudade do filhote.

Ao longo das próximas semanas poderão acompanhar textos e deslumbrar-se com as imagens (cerca de 1500 fotos, ainda por tratar) neste blog.

2006-08-17

Lomo no Verão



Atenção que só temos até 22 de Setembro para enviarmos as nossas fotos para o concurso "Lomo Férias 2006".

A entrega de prémios e a exposição das fotos será feita no dia 30 de Setembro em espaço a anunciar.
Será feito também o lançamento da Agenda 51% de 2007.


1º PRÉMIO: Lomo LC-A + Vôo de Planador + Agenda 51% 2007

2º PRÉMIO: Nova Fisheye + Baptismo de Surf + Agenda 51% 2007

3º PRÉMIO: Holga + 1 dia SPA + Agenda 51% 2007

Vou ver se para a semana envio já as minhas fotos! :-P

2006-08-10

Graphical interface guidebook


Mac OS 7


Mac OS 9


Mac OS Panther

Graphical Interface Guidebook é um interessante site que, como o próprio nome indica, nos mostra as diferenças e a evolução dos vários interfaces entre sistemas operativos, aplicações, icones, etc.
Tem também uma secção de anúncios (em video e imprensa).
Muito curioso comparar os grafismos antes usados e os mais actuais.

2006-08-08

Jogos Olímpicos de Beijing 2008



Foram apresentados os 35 pictogramas para os Jogos Olímpicos de Beijing em 2008.

Named "the beauty of seal characters" and with strokes of seal characters as their basic form, the Pictograms of the Beijing 2008 Olympic Games integrate pictographic charm of inscriptions on bones and bronze objects in ancient China with simplified embodiment of modern graphics, making them recognizable, rememberable and easy to use. Skillfully using the effect of sharp contrast between the black and white colors which the typical Chinese traditional artistic form of rubbings have, the Pictograms of the Beijing Olympic Games display distinct motion character, graceful aesthetic perception of movement and rich cultural connotations, thus arriving at the harmony and unity of form with conception.
Mais info sobre estes pictogramas e de eventos anteriores no site oficial.

Mac stuff: Leopard Sneak Peek



Foi ontem que a Apple mostrou algumas funcionalidades do seu novo sistema operativo, o Leopard (a mania dos nomes felinos continua)!
Lindo, como qualquer produto Apple.
Mas desta vez sou sincero, esperava uma evolução mais significativa. A maioria das melhorias apresentadas pareceram-me mais show off que outra coisa. Nada que me preocupe. Aliás, a versão definitiva só sai para o próximo ano e, de certeza, que na altura serão apresentadas novidades realmente merecedoras do nome.

2006-08-04

arte: M&M's





Como o acesso aos vulgares materiais de pintura lhe foi interdito, Donny Johnson, condenado a 3 prisões perpétuas numa prisão do Estado da Califórnia, dedicou-se a pintar com, imagine-se, M&M's. Até o pincel que usa é feito de cabelos do próprio Donny.

O resultado pode-se ver numa exposição no México.

fonte: NYT

2006-08-03

MP3: New in the playlist

Enquanto não me vem parar às mãos o "An Announcement to Answer" (último registo de Quantic) saído no último mês de Julho, entretenho-me com este:

"On Off's Remixes and B Sides"

Este albúm navega por vários estilos, mas seguindo a "linha" que Quantic nos habitou nos albuns anteriores. E, muito embora, não sendo um "best-seller" nato é uma boa adição à nossa playlist.
Escolhendo uma música do albúm: Talvez o "Where's Vicky? (Quantic mix), mas sendo 27 músicas em 2 cd's, com certeza que terá algo do agrado de qualquer um.

Quantic website
Amazon

Museu do Design


Pronto, eu confesso.
É triste e é vergonhoso, mas é verdade:
Eu nunca fui ao Museu do Design.

Se, tal como eu, cometeram este erro crasso, fiquem a saber que só têm até 31 de Agosto para visitar este museu obrigatório.
No Centro Cultural de Belém.