2004-09-07

Designers do it better



A importância de recorrer a quem sabe, a quem aprendeu, a quem trabalha para servir um objectivo maior que ganhar dinheiro, ou o jeito que possa ter a fazer "bonecos". É tornar eficaz a forma/função, dar respostas e proporcionar soluções viáveis, fazer simples e bonito sempre, sempre a par de funcional e eficaz.
Ser designer é ser autor/artista/técnico/profissional. É ser alguém consciente e do mundo. Que o seu trabalho tenha importância real para os clientes e o mercado. Ser designer é ser exigente e observador, ser culto e honesto.

De acordo com Bruno Munari, importantíssimo teórico do design “o designer é um projectista dotado de sentido estético, que trabalha para a comunidade" e que "(...) tem um método para abordar os vários problemas quando se trata de projectar (...) procura projectar objectos que além de servirem bem as suas funções, tenham também um aspecto coerente segundo uma escolha, ao qual dá origem àquilo que eu creio poder definir como a estética da lógica.''
E diz também que “segundo os princípios do bom design, o consumidor anónimo deve sentir a presença de um trabalhador que também pensou nele, no sentido de produzir um objecto que funcione bem e que tenha além disso a sua estética.”

O Design assume-se como multidisciplinar, concebe, planifica e concretiza ideias, soluções, objectos e formas de comunicação com o objectivo de servir o Homem, a Sociedade, a Economia e o Meio-Ambiente.
A prática de planificação e busca de soluções originais aplicadas em cada trabalho visam expandir o negócio dos clientes, sendo também um factor importantíssimo para a modernização, a definição de estratégias e formas de competitividade vantajosas e eficazes para enfrentar o mercado.

Mas, neste país, vê-se muita porcaria feita por pessoas que arrogantemente abusam da palavra design. Que afinal não têm nenhum curso, nem nehuma especialização, nem cultura nem atitude para ser designer. São na maioria tipos que sabem umas coisas de web e no Corel que em (reles) PCs fazem uns "bonecos" - como dizem os clientes - vulgo logotipos, ou então têm lojas e assistência informática, e que se lembram de fazer uns sites e apresentações multimédia (antes em FrontPage, agora já sabem mexer no Flash!...) sem qualidade, sem noção de tudo o que foi anteriormente descrito. E praticam preços baixíssimos disvirtuando e degradando o mercado. A estes eu chamo concorrência terrorista. Design também significa qualidade, e isso tem um preço correspondente.

Mas grande parte do problema está nos níveis educacionais e culturais de Portugal. Uma classe empresarial e trabalhadora com pouca atitude, e a milhas de compreender o essencial do design. Uma classe política e técnica que não compreende que a formação escolar é de uma importância vital para o desenvolvimento do país. Em Inglaterra existe no parlamento, uma comissão permanente (constituída por deputados, portanto) dedicada ao design! Contam-se pelos dedos as empresas que em Portugal pensam design (e marketing).

O desenvolvimento de conceitos visuais é um elemento primordial para a identidade de uma marca, ideia, ou conceito. Criar conceitos de clara eficácia, onde o objecto produzido — gráfico, industrial, ou simplesmente visual, indiferentemente das aplicações — deve ser algo que implícita e explicitamente comunique a função em harmonia com a forma. Novas conceptualizações de espaço e forma ajudam a traduzir funções para os quais a comunicação visual está vocacionada, daí que a experimentação deve sempre ser vista como algo de essencial, como uma busca da perfeição ou da simples acção de comunicar bem.

2004-09-01

Lomo#01















Floresta mágica / Magic forrest







Matas Nacionais
Pinhal de Leiria, a caminho de S.Pedro de Moel
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