2005-11-29

Hifly


Air Luxor mudou a sua identidade para Hifly.
Ou melhor, a venda de um passivo e imagem preocupantes, levou o grupo a apostar numa nova estratégia empresarial e de comunicação, criando uma nova companhia, uma nova marca.

Trabalho bem conseguido, realizado por uma querida amiga minha.

Cube - o jogo


CUBE, é um jogo tipo "tiro-neles" gratuito com que me entretenho. Muito bom no modo multiplayer para descarregar o stress do dia-a-dia.
Funciona em PC, Mac, Linux, PocketPC.
Tive a sorte de me darem a oportunidade para participar no projecto, pelo que comecei por fazer o logotipo.
Experimentem!

ver site

2005-11-27

Black is Beautiful > 6


Mary J Blige, cantora

2005-11-25

A vez do tropicalismo mestiço



"Mesmo que se tente tapar os olhos, já está tudo aí.
Somos portugueses mais africanos e africanos mais portugueses" Melo D

"Criar algo mais luso que a própria saudade" Kalaf

"... somos uma nova cultura urbana (...) Eu e o Kalaf gostamos muito de falar sobre o tropicalismo, sobre Fela Kuti, e o movimento afro. Uns estão ligados aos outros" Sara Tavares

"Não é preciso ir muito longe. Hoje uma das maiores cantoras de fado é africana: Mariza" Paulo Magalhães


Hoje no suplemento Y, do PÚBLICO

2005-11-24

Festival AtlanticWaves


Todos os anos em Londres, da responsabilidade da Fundação Calouste Gulbenkian, durante vários dias, uma enorme embaixada cultural com a apresentação da mais recente música portuguesa.

2005-11-21

zarp.lab



A denominação "zarp" é a partir de agora extensivo a um projecto de equipa, assente num conceito multidisciplinar. Envolvendo diversas áreas do design (gráfico, editorial, web), mas também fotografia, arte e (design de) artesanato coabitam num mesmo agrupamento e laboratório de experiências criativas representadas sob a "marca" zarp.lab.

Os primeiros projectos são da autoria de:
SAMI: colares, bonecos e almofadas de brincar
Rita Groba: pintura cerâmica sobre várias peças

Estas e muitas mais peças estão à venda
em exposição no Museu Municipal do Bombarral, até 3 de Dezembro

2005-11-18

VectorBrigade

2005-11-15

Norte

"(...) há mais esperança no futuro, e também mais confiança no presente, conforme nos deslocamos para norte e/ou para o mundo anglo-saxónico. Porque lá há mais oportunidades, mais eficiência económica e, por vezes, também mais equidade social. Mesmo que falte sol e a delícia de viver entre ruínas de um passado grandioso.
(...) não existe um, mas sim quatro modelos sociais na Europa: o nórdico, o anglo-saxão, o continental e o mediterrânico (...) os dois primeiros se destacam pela sua eficiência económica, sendo o nórdico mais equitativo que o anglo-saxão. Ambos têm sustentabilidade e poder de atracção. Já o modelo continental é equitativo mas não é eficiente e o mediterrânico, nem é equitativo, nem eficiente. Um e outro são insustentáveis.
Daí que tenhamos de mudar de vida (e de modelo, com tudo o que isso implica) ou de mudar de país (imigrando, como sempre fizemos, só que agora as portas abrem-se sobretudo para os melhores de nós, o que é ainda mais trágico para os que cá vão ficando) (...)"


José Manuel Fernandes
"Onde mora a esperança?"
Editorial PÚBLICO 15.11.2005

self-made T-Shirt7


A minha T-shirt (one and only) número 7. De Figo. De Portugal.
Desde há vários meses que em cada jogo a visto. Hoje e amanhã vamos jogar à bola outra vez.

2005-11-14

Observador 2

Quando me iniciei na blogosfera, lia, espreitava, via dezenas de blogs por dia. Ao longo dos meses a selecção foi-se reduzindo, e de três, quatro blogs que assiduamente leio, o Observador de André Abrantes Amaral permanece como um deles. Mesmo que politicamente seja de opiniões diferentes, por isso e com outros posts de interesse e prazer comum, celebro aqui o segundo ano deste blog. Parabéns André.

imagens da inauguração


2005-11-08

Exposição Dila Moniz, Museu do Bombarral



Exposição no Museu Municipal do Bombarral
Inauguração sábado 12, às 15h

De 12 Novembro a 3 Dezembro
Praça do Município
Todos os dias das 10-12h30 e 14-18h

2005-11-04

A noite fatal



The leaders of nations must provide their peoples with the conditions - the "infrastructure", if you will - which enables them to enjoy life: freedom of speech and of movement; food and shelter; and most important of all: life itself. A man cannot enjoy his rights if he is not among the living. And so every country must protect and preserve the key element in its national ethos: the lives of its citizens. (...) Yet despite it all, we fail to protect the lives of our citizens and soldiers. Military cemeteries in every corner of the world are silent testimony to the failure of national leaders to sanctify human life.

There is only one radical means of sanctifying human lives. Not armored plating, or tanks, or planes, or concrete fortifications.

The one radical solution is peace.

Do discurso da cerimómina de entrega do Prémio Nobel da Paz


Dez anos passados, o cruel assassinato de Yitzhak Rabin foi o primeiro grande golpe contra o processo de paz que Israel e Palestina corajosamente edificavam. Desde essa data só houve recuos, mais morte e destruição. Quando a esperança da paz se colocava bem dentro das vidas do Médio Oriente, eis que um tresloucado acaba com tudo em três tiros. Acusado de traidor pela extrema-direita israelita, é novamente esta que acusa de traição Sharon, falcão manhoso de uma direita demagógica e nacionalista, cujo caminho até ao poder trilhou à custa de mais sangue derramado, mas que contudo entregou Gaza aos palestinianos (um presente envenenado).

A obra e a mensagem de alguém que fez a guerra, mas teve a coragem de construir a paz ficou na história e na nossas memórias, mas aquela noite de manifestação pela paz em Jerusalém tornou-se na mais triste das noites. A noite fatal que nos conduziu até hoje.


O sangue de Rabin sobre a letra de música pela paz que lera momentos antes

Jusq'ici tout va mal



O que "La Haine" - filme maior de Mathieu Kassovitz - demonstrava, os últimos dias parisienses trouxeram ao rubro níveis de confronto e destruição nunca vistos. Faz-me recordar Los Angeles após o espancamento de Rodney King, onde o caos e a violência tomaram conta das ruas e do status quo político e social. Milhares de pessoas vivem em arredores-dormitório, do qual Paris apenas poderão vislumbrar num esporádico passeio dominical, ou através das paredes frias do metro, onde a luta diária por condições de vida decentes e promissoras tem, ao longo das últimas décadas, vindo a diminuir. O aumento das comunidades emigrantes e sua descendência, que apesar de se identificarem como franceses, se vê mais pobre, mais desprezada e culturalmente deslocada, têm estado longe dos parâmetros-base do Ocidente - Liberté, Igualité et Fraternité. Estes não têm actuado como verdadeiros princípios de integração e desenvolvimento, absolutamente primordiais na construção de sociedades justas e vantajosamente multiculturais, mas onde ambas as partes possuem culpas diferentes.

As tensões vividas ao longo de anos, numa espécie de Guerra-Fria com episódios perigosos, escaparam de uma aparente Caixa de Pandora. Desde há uma semana que os arredores de Paris, nos novos-velhos guettos, jovens e forças policiais se confrontam naquilo que mais tarde ou mais cedo se receava que pudesse acontecer. A desconfiança, o ódio, o desespero, a ignorância, a estupidez e a desesperança sentem-se em cada grito, em cada rua esventrada, em cada carro incendidado, em cada loja destruída, desencadeada por jovens vazios de presente, vazios de futuro. A intolerância, a ineficácia reactiva, a hipocrisia e a precipitação observam-se nas palavras, nos olhares, até mesmo no silêncio, dos políticos. A relação de forças não deve ser unicamente tomada como autoritarismo versus delinquência, com resultados desejadamente imediatos, onde cada noite mais é um vidro partido no frágil telhado do governo presidencialista, mas também deve ser considerado como um dano sério da estrutura e estabilidade democráticas pelo qual uma sociedade se deve reger.

É importantíssimo conter esta espécie de intifada parisense, que noite após noite intensifica e divide ainda mais a sociedade francesa. Mas o que conta mais é depois - resolver definitivamente as carências sociais de uma parte da população que cada vez mais conta para o todo da nação. Filhos de um país que os afasta para os confins da sua ascendência exterior. A transformação das nossas sociedades uniculturais e fechadas para encontros diversos e cruzados de tão díspares agrupamentos culturais tem provocado choques vários - por ignorância estúpida ou incapacidade receptiva diversa - mas onde as vantagens e a riqueza para todos suplantam em muito as desvantagens. Ao fim e ao cabo, ao longo da História da Humanidade, os enlaces culturais e civilizacionais foram um dos motores do nosso desenvolvimento, então por que há-de ser mais difícil agora? As causas de identidade e de pertença têm hoje uma conotação negativa, assente no individualismo igualitário e desprezante, absolutamente contraditórios num mundo cada vez mais aberto e intercambial. Isto leva-nos às novas-eternas questões da globalização, mas à parte isso, não será uma reacção instintiva a tanta abertura, fecharmo-nos e ficarmos quietinhos no nosso canto, inertes e conscientemente longe do que não queremos que nos mace? No entanto não podemos viver assim. Se cada um tem alguém próximo, ou uma família, não estará o próximo, como Jesus Cristo defendia, como alguém que de facto precisa de nós, e que nós deveremos auxiliar?

Falar é fácil, escrever é-o por vezes, e o inferno está cheio de boas intenções, mas o facto é que o mundo está coberto de realidades infernais. Quando caimos no enganador caminho da violência, onde estamos afinal enquanto civilização, como pessoas? Fazer a guerra é fácil, construir a paz é muito complicado e exemplos, velhos e recentes, não faltam. Onde como aqui, se vive; ou onde por aqui, nem todos os males se sentem, devemos chegar ao fim do dia e exclamar como o protagonista do filme: jusq'ici tout va bien?