"Há que dizê-lo com toda a frontalidade" como a personagem de Herman José "Artista Bastos". Assumir que pensamos. Não nos refugiarmos no pensamento único que de novo e subliminarmente se implantou. Enfrentar o debate com alegria e não como discussão berrante e inconsequente. Discutir e partilhar, ensinar e aprender, apontar e relfectir, assumir e aceitar, errar e corrigir. Eis razões para a existência dos blogs, eis razões para que as pessoas, quando conversarem, o fazerem, com respeito e sobre algo mais do que "está-mais-frio-hoje" ou "vai-se andando". De nada serve falar ou escrever se não houver algum feedback, mesmo sabendo que há quem nos leia, por vezes parece que escrevemos para o vazio. De certo que há temas sobre os quais não se sabe argumentar - mesmo para mim; por outro lado há falta de disponibilidade temporal ou mesmo mental, dada a azáfama dos dias. No entanto, assuntos há que merecem ampla discussão ou mesmo singelas opiniões. A participação na e para a sociedade é importantíssimo, ainda para mais quando vivemos dias onde por vezes as opiniões/posições são censuradas... e maior acutilância e relevância têm para melhorar e impedir o marasmo dominante.
Por que às vezes temos medo de discutir certos assuntos? Com medo de ferir o outro, ou com medo de nos embaraçarmos e ficarmos numa posição "diferente" perante outros? Obviamente que há discordâncias, por vezes irritantemente diferentes e talvez inaceitáveis. Há o pensamento politicamente correcto (pró-governamental ou simplista), o independente (centrista, híbridos dos dois extremos) e, o politicamente incorrecto (do sempre-contra ou alternativo). Eu, pró-governamental não sou, sendo um pouco dos outros, mas tentando sempre uma opinião própria, ora de acordo com o que sinto, ora sustendada em factos. Eu consulto o Público, seus editoriais e comentadores, blogs, sites de notícias; ouço muita música diferente; vejo muito cinema diferente, etc. Interessso-me por muita coisa, onde o tempo nunca chega para tudo.
Matérias há sobre os quais nunca pensámos antes, não temos opinião formada, etc. Contudo, valerá a pena ficarmos calados, indiferentes, acomodados? Consciencializarmo-nos, reflectir, partilhar conhecimento são formas de crescer, de nos enriquecer, de tomar uma posição. Assumir que somos deste ou daquele lado, desta ou de outra opinião. Eu penso e faço assim, mesmo para me conhecer melhor.
Sendo assim, os próximos posts serão o meu perfil de A a Zarp. Sinteticamente opinando sobre diversos temas, e aberto ao debate e à polémica, se for o caso.
2004-11-22
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