Negro

As "trevas" surgem também por cá. É a condição sócio-económica do país que nos deixa apreensivos, no presente e para o futuro próximo - défice que parece que é de 7%, o desemprego cada vez maior e nos 7,5%. É a incapacidade, por mais lutadora que sejamos, de não conseguir atingir os objectivos pretendidos - quase um ano depois, de novo uma taça da UEFA nos escapa com profunda desilusão e frustração. No momento da verdade somos batidos pelo pessimismo genético e inconsciente. O que falta para vencer? Mais trabalho? Mais qualificação? Sim a todas. Mas acima de tudo maior responsabilidade e afinco. Compreender que dar o máximo significa dar o melhor. Ter brio profissional. Se funciona nas grandes empresas privadas portuguesas (que são poucas...) a incompetência da administração pública - de funcionários a Governo - é cada vez mais, e incrivelmente atroz, se pensarmos no somatório dos últimos cinco anos. O Estado é incompetente, o país torna-se incompetente. E vice-versa. Há demasiado tempo que nossos horizontes são negros. Não há maneira de saírmos da cepa torta?