2005-02-18

Campanha: voto branco

O Movimento Um Rumo para Portugal apela ao voto em branco baseando a sua posição como um protesto cívico contra o sistema político actual e apontando ideias de renovação/revolução para a estrutura do mesmo. Em alguns pontos parecem-me interessantes, outros não sei. Curiosamente, há algumas semanas, antes de este movimento ser divulgado (e sem conhecer quem são os seus promotores) sugeri também o uso do voto em branco como protesto, no entanto, não para estas eleições. Mas estou curioso para saber qual o alcance obtido no domingo, ainda para mais com cartazes - "Não te abstenhas. Vota em branco" - espalhados nas maiores cidades do país, e um blog bastante concorrido. Pedro Magalhães, cientista político (também com blog: Margens de Erro), em entrevista à Pública diz que o uso do voto em branco, eventualmente como protesto neste caso, não tem expressão significativa, quer na contagem, quer na forma. Mas a ideia deste movimento é sempre atingir um número considerável, 20-30%, capaz de abalar o sistemas e os políticos.

Numa coisa eu acredito: é essencial mudar. Não no sentido "socrático", mas na forma de alterar a atitude e o modo, de fazer e pensar a política e a estruturação do nosso sistema político. E por conseguinte, na sociedade. Ou seja, concretizar uma ideia e um projecto de renovação, que na política sirva de exemplo claro e positivo, influenciador e condizente com a vontade do eleitorado. Não pretendo com isto defender uma sociedade utópica, uma autocracia. Sistemas democráticos como o americano ou o britâncico servem de exemplo. Até para a sociedade. Por isso a revisão da Constituição se torna essencial, tornando-a mais actual, mais correcta, mais simples.

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