2005-02-18

Campanha: final

Chega hoje ao fim uma campanha inédita e nada daquilo que todos pretendíamos. Em duas palavras: insuficientemente convincente. Ou seja, a discussão de ideias e projectos, de forma clara e concisa, mais uma vez, não ocorreu.

Mas onde esteve, de forma pública, a discussão sobre a Europa e o Mundo, a Justiça, e as polícias, a Estratégia Económica, Cultura? A Antena1 e a RTP1 fizeram uma série de debates à volta destes temas, com diversos participantes - políticos e não-políticos - mas não terão atingido o essencial da população.

Deu para vermos diferenças, promessas e objectivos entre os líderes e os partidos. Deu para ficarmos a detestar ainda mais alguns campos - no meu caso o PPD-PSL (volto a frisar que o PSD que conhecemos - reformador, estruturante, projectual - não esteve presente na campanha, não esteve com Santana). Deu para vermos a arrogância e a utopia de muitos. A estupidez e parvoíce. Mas também vimos, diga-se em abono da verdade, alguns que se pautaram pela justeza, o debate de ideias, ou a fuga ao facilitismo. Deu para posicionar o nosso voto, mas mais no sentido de contra-este-voto-aquele. Mesmo que muitos de nós, enquadrando-se em determinado campo político, soubesse à partida em quem votar.

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