Design: Editorial

Qual destas peças conquistou mais prémios de design?
Curiosamente, foi o jornal. Na 26ª entrega de prémios da prestigiada Society for News Design, dois suplementos do PÚBLICO brilharam mais alto. O Y arrecadou duas medalhas de prata, nove menções honrosas e um reconhecimento especial do júri e o Mil Folhas conquistou duas meções honrosas. É caso para dizer que quando o nosso jornal é reconhecido desta forma, é bonito.
Anúncio do PÚBLICO

1 ano

A blogosfera, posso dizê-lo, transformou os meus dias. O sentido universal e imediato que a internet oferece colocam esta nova forma/fórmula de comunicação num patamar de acompanhamento tão fiel quanto os jornais. Todas as manhãs, depois do Público e de A Capital, meus olhos e dedos "folheam" blogs diversos, sentindo a necessidade que outros, tal como eu, têm de comunicar. E fazêmo-lo de forma crítica e analítica, expressiva e criativa, polémica e divertida.

Passado um ano a dedicação a este blog apenas se alterou pela falta de tempo, mas a vontade e a exigência que dou a mim próprio numa forma de participação social não diminuiram.

Agradeco à equipa que elabora este blog. Agradecemos igualmente aos vários internautas e blogonautas o interesse que ao longo dos últimos 12 meses manifestaram, passando por cá e participando.

Et maintenant?

Por princípio, sou a favor do Tratado Constitucional. Mas como ainda não tive oportunidade de ler com atenção o texto que, polemicamente ontem foi rejeitado em referendo pela população francesa, posso afirmar que nada poderá ficar na mesma. Como todos sabemos, a França é um dos principais motores da construção europeia, mas lá por causa disso não vamos modificar a coisa ao jeito deles. O que é necessário então? Continuar com os seguintes referendos - na quarta-feira a Holanda referenderá talvez do mesmo modo - continuando com o processo legal de ratificação? Mas com dois "nãos" a Constituição nunca entrará em vigor. Discutir de novo, redigir novo texto, buscar novos consensos - que a Convenção em ano e meio de trabalho, arduamente atingiu - ficarmos a funcionar sobre a confusão do Tratado de Nice? A nova construção da União Europeia visa um espaço mais político, logo mais forte e mais coeso, e um texto constitucional único assim o planifica e põe em prática. Assim como para a edificação de um espaço social e solidário, promotor do desenvolvimento, coexistência e felicidade enquanto povos europeus unidos. O "não" francês adia este projecto inédito. Que para alguns poderá representar um retrocesso, para outros um ganho. À partida creio que seja um passo atrás, um pesado passo atrás. Como já referi várias vezes, o projecto Europa é também o meu sonho, a minha esperança.

Design: D&AD Awards 2005

Design and Art Direction (D&AD) Awards 2005
Está disponível a lista de vencedores da edição 2005. De destacar a Apple que ganhou 3 "Silver Awards".
fonte: macnoticias.net

75ª Feira do Livro

Referências de música VI

Sem ordem específica, aqui ficam (mais) alguns albuns que recomendo vivamente.


// Mylo - Destroy Rock&Roll
Por alguma razão este album não sai do leitor de CD's do meu carro.


// Lemongrass - Skydiver (apenas para escolher um)
Todos os albuns de Lemongrass são muito similares e é dificil escolher só um.


// The Chemical Brothers - Push the Button
Grande som!


// Thievery Corporation - The Cosmic Game
O último dos Thievery. Incontornável.


// Bulllet - Torch Songs for Secret Agents
Terceiro trabalho deste projecto português de Armando Teixeira (Balla), depois de "The Lost Tapes" e "The Lost Vocal Tapes". Se fosse inglês ou americano seria considerado dos melhores albuns mundiais do género.

Salão Lisboa 2005

Estufa Fria
19 Maio - 5 Junho

Palácio Galveias
02 Junho - 03 Julho

6,83%

Ora aí está. O maior da zona Euro. De novo no topo. Fixe, né?

Consequências da vitória

1. Se somos 10 milhões de portugas. Se são 6 milhões a população activa. Se 6 milhões são benfiquistas. O efeito psicológico da vitória poderá trazer bons resultados? Será o estímulo que faltava (que há quase um ano 10 milhões poderiam ter sentido) para pôr isto para a frente?

2. Ou esta alegria se desvanecerá esta semana já? Hoje saberemos oficialmente o real valor do défice. Na Quarta, as medidas do Governo para o combater. Bad news always after good ones?

Histeria da vitória

É certo que há longos onze anos tal não acontecia. É certo que mais de metade da população é clubisticamente vermelha. É certo que a alegria é contagiante. Os meus parabéns. Mas a loucura vivida ontem até hoje de madrugada ultrapassa a minha compreensão. Numa época atípica, pouco estimulante, foi um alívio para todos que tenha chegado ao fim. Ver como pessoas idolatram o futebol de maneira doentia (também acontece nos outros clubes) com afirmações, gritos, gestos incontrolados, idiotas, infantis, é assistir a um lado primitivo - e digo-o (também) de forma científica - do ser humano. Espreitei, com curiosidade, à forma como as TVs fizeram as suas emissões, antes e depois dos jogos: exagerada, abusiva, rídícula. Especialmente a TVI, popularucha como sempre. A invasão do futebol, através das TVs, no serão de ontem - que creio que tenha continuado ao longo da madrugada na TVI - de pouco relevante a nível de informação, mas ricamente saturante quanto ao entretenimento - teve como único resultado o desligar, são e sereno, do aparelho. E o descanso chegou por fim às 22h.

Sweet Natalie

A Revolta dos Pastéis de Nata

Na sexta passada começou um programa irreverente cujo nome me deixou água na boca. Apresentado por Luís Filipe Borges, uma das revelações de entre os colunistas do diário "A Capital" com a crónica "SitDownComedy", jovem de 27 anos, argumentista das Produções Fictícias e, claro humorista (inteligente), em directo construiu um excelente momento de televisão, ao jeito da qualidade de Portugalmente e Zapping. A Revolta dos Pastéis de Nata, irreverente projecto com forte componente de humor, é concebido e interpretado por um inovador grupo de jovens actores e guionistas, na sua maioria a trabalhar pela primeira vez em televisão.
Transmistido em directo, assume-se como um espaço alternativo nas noites de Sexta-feira, sendo cada uma das suas 13 emissões dedicada a um tema específico, onde a discussão aborda de forma singular assuntos "descodificadores" do carácter comportamental dos portugueses. Recheado de palavras e sketches deliciosos, tem importante contributo de dois convidados, semanalmente diferentes, que o apresentador, com simplicidade e humor, entrevista em estúdio.

O tema da primeira emissão, ocorrida na semana passada foi "A pose à doutor é fundamental para ter sucesso em Portugal?". Onde, embora divertido e dinâmico, não se foi mais ao fundo da questão quanto supunha - talvez os nervos da primeira vez...
Referir em particular o sketch dedicado à compreensão da origem dos provérbios populares lusos. Nesta sexta foram "A Esperança é última a morrer" e "Quem desdenha quer comprar".
A não perder.

2:
Hoje, Sexta 20
23:30
"O machismo em Portugal ainda é "troglodita"?"
Convidados: Margarida Rebelo Pinto, escritora e, Domingos Amaral, director da Maxmen

Doce cheiro a Verão

Estes dias têm emanado um delicodoce odor que nos faz recordar o Verão que, afinal, está próximo. Os tons quentes de um momento fresco e solto, interregno desejado de um tempo voraz. Curioso como nunca antes me senti assim.

Lisboa Photo 2005

Negro

As "trevas" surgem também por cá. É a condição sócio-económica do país que nos deixa apreensivos, no presente e para o futuro próximo - défice que parece que é de 7%, o desemprego cada vez maior e nos 7,5%. É a incapacidade, por mais lutadora que sejamos, de não conseguir atingir os objectivos pretendidos - quase um ano depois, de novo uma taça da UEFA nos escapa com profunda desilusão e frustração. No momento da verdade somos batidos pelo pessimismo genético e inconsciente. O que falta para vencer? Mais trabalho? Mais qualificação? Sim a todas. Mas acima de tudo maior responsabilidade e afinco. Compreender que dar o máximo significa dar o melhor. Ter brio profissional. Se funciona nas grandes empresas privadas portuguesas (que são poucas...) a incompetência da administração pública - de funcionários a Governo - é cada vez mais, e incrivelmente atroz, se pensarmos no somatório dos últimos cinco anos. O Estado é incompetente, o país torna-se incompetente. E vice-versa. Há demasiado tempo que nossos horizontes são negros. Não há maneira de saírmos da cepa torta?

o vilão como herói

"The dark side of the Force is a pathway to many abilities some may consider to be unnatural"
Chancelor Palpatine

O insólito pelo desejo do mais absoluto anti-herói. A expectativa e a ansiedade para conhecermos "our true innerself". A atracção, a transfiguração, a essência do mal.
Enter the dark side of the Force this thursday...

Lura

"Dêem-lhe uma causa e a voz desta mulher transforma-se em chicote. Dêem-lhe um chão e será raiz. Dêem-lhe uma raiz e será flor". Escreveu José Eduardo Agualusa sobre Lura.
O apelo das apaixonantes, vibrantes e intensas ilhas da Morabeza é constante. Cabo-verdiana de Lisboa - como Sara Tavares - Lura tem já um currículo de alguns anos no bolso. Recordo em particular da sua participação no RedHot+Lisbon. Bela na forma e na voz, Lura criola prende-me e solta-me, seja a canção mais intimista ou mais ritmada.

Branding: o que é nacional é bom

Portugal Trade
A importância de ter uma marca portuguesa certificada.
Qualquer dia estamos lá!

Antes das marcas, que tal começar com o próprio país? (tema já aqui falado).
Veja-se o caso dos actuais campeões da Europa.