Daqui a 359 dias estaremos a) todos mortos, b) o mundo mudou radicalmente, ou c) não aconteceu nada. Seja ou não cumprida a profecia Maia ou o Dia do Apocalipse, a 21 de Dezembro, o ano 2012 terá sempre ímplicito a sensação de ano derradeiro, como uma etapa crucial, momento único de mudanças.
Viveremos ainda a fase negra da recessão, assistiremos à radical transformação do Euro e da UE (morrem ou renascem). O Real Madrid como novo "rei" da Champions (embora seja adepto do Barcelona), a oportunidade de Portugal vencer o Euro2012, as Olimpíadas de Londres. O perigo nuclear iraniano e novo conflito armado no Médio Oriente. A prepotência chinesa, o colapso da Coreia do Norte, a re-eleição do Presidente Obama. Mas também teremos a resiliência para suplantar a crise e avançar com coragem e esperança no futuro.
Não acredito no apregoado "Fim do Mundo". Creio mesmo que 2012 será "the end of the world as we know it". Todas as manifestações, revoluções, acções cívicas, sociais e democráticas ocorridas em 2011 foram o gatilho para colocar os mecanismos em marcha para uma brutal mudança de paradigma. Onde os valores éticos, democráticos e sociais dominem finalmente o processo político num movimento "grass-roots" sem precendentes. A voz do povo será transformada na participação activa do cidadão, e aberto o caminho para a derrota do conceito elite-predestinada-a-governar, tornando mais próxima a eliminação da opressão ganaciosa que (quase) derrubou o planeta.
2012 será o reforço deste movimento de mudança. Um início para viver e fazer as coisas de maneira diferente: justa, equilibrada, cívica, democrática, a começar na política, passando pela economia, e principalmente nas relações humanas. Não será o fim das guerras, nem o acabar da miséria e da fome. 2012 será essencial para uma nova era da coexistência humana que começará logo a seguir.
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