2006-02-06

Democracia x Dogma II



A perigosidade destes eventos colocam-nos, europeus, sob a condição de xenófobos. O que é certo é que a "rua europeia" (em contraponto à "rua árabe") ou seja, o comum europeu, apenas verá estas colisões como mais razões para o ostracismo, o desprezo e em último lugar ao xenofobismo. O que nos diferencia hoje é o meio no qual vivemos, nós em liberdade e democracia, eles sob um jugo dogmático onde religião e política se (con)fundem perigosamente. Falta-lhes passar por processos de reforma e renovação como aconteceu por cá desde o séc.XV até o séc.XIX. Dos paradigmas da fé até aos conceitos de Estado e política.

Mas o que muita gente esquece (ou ignora) e que nos faz julgar mais que os outros é que a conflitualidade e o paradigma absoluta da fé colocou durante séculos os europeus em guerra e em actos de imperialismo. Também a Europa, enfrentou momentos infelizes na sua história e que o mundo muçulmano foi durante séculos a civilzação mais avançada do mundo. O que muita gente desconhece é que o desprezo e o isolacionismo, a incorrecta orientação política baseada na fé empurrou o mundo árabe-islâmico para onde hoje se encontra. Mas este mundo fascinante não é imune à liberdade e à democracia - vejam-se os exemplos da Turquia e o Iraque, e apesar da vitória do Hamas, do exemplo da Palestina. A ocorrência destes paradigmas que potenciam a paz e a concórdia são elementos primordiais para colocar esta região do mundo no centro das atenções. O fenómeno da globalização, no seu contexto sócio-cultural, não é recente, mas no seu contexto político-económico tem produzido diversos factores de desestabilização e inquietude.

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