Qualquer mudança de atitude vindo do G8 implica muito mais que perdoar dívidas e ajuda humanitária. Urge criar planos e estruturas que possam fazer desenvolver os países pobres - "ensina-o a pescar"; urge salvar o ar, as águas, as florestas, os animais; urge criar condições verdadeiramente fortes para sancionar as dezenas de Estados africanos corruptos e malfeitores que, mesmo sob a capa de democráticos, continuam a saquear as riquezas que (ainda) existem; urge reformar a ONU e o Conselho de Segurança.
Os "eternos" avisos-ameaça contra o Sudão por causa do Darfur, a loucura de Mugabe no Zimbabwe, o inferno da Libéria e Serra Leoa, o "reino" de José Eduardo dos Santos em Angola: todos exemplos onde mudanças não ocorrem por razões económicas que muitos países ricos aproveitam. A estes convém governos que lhes facilitem lucros fáceis, desconsiderando as populações e meio-ambientes locais. Um continente que tudo tem, desde há séculos espoliado, mergulhou nos últimos 20 anos a níveis ainda mais pobres e de devastação infernal, quando o mundo está globalmente muito mais rico; mais de 60 por cento das pessoas infectadas com o vírus da sida vivam e morrem sem esperança em África; a malária mate numa semana mais crianças africanas do que o tsunami asiático em breves minutos.
Há excesso de produção alimentar que vai para o lixo! Não haverá maneira de o reencaminhar? A hipocrisia tem de acabar e esta semana a vontade política pode fazer a mudança. Mas, por mais que queira acreditar...
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