Foi o que 61% dos holandeses disseram. O Tratado Constitucional caminha a passos largos para uma morte prematura e ficaremos todos reféns da incerteza que cobre agora a Europa. Os referendos checo, polaco e britânico estão em causa. A "imposição" da aprovação referendária está a colocar-nos numa imprecisão inédita, dado que, como se tem falado, não existe Plano B.
O segundo semestre terá a presidência britânica e, sabendo a inimizade que Chirac (aliás, gostará ele de alguém?) sente por Tony Blair, a posição de Londres, para além das particularidades habituais quanto à construção europeia - embora o NewLabour seja ineditamente o mais integrador de sempre - a factura dos referendos poderá transformar-se em fractura séria, colocando o futuro do projecto num patamar de renovação (necessária) ou de zaragata político-nacionalista (ideal absolutamente anti-europeia).
"As pessoas neste caso divorciaram-se dos políticos pelos piores motivos: recusa da entrada da Turquia na UE, medo de perder os empregos em detrimento dos novos cidadãos de pleno direito vindos do Leste, recusa de mais contribuições para o desenvolvimento dos países em vias de desenvolvimento e para o bem comum - o resto foi conversa fiada e nada teve que ver com o texto redigido pelos Estados-membros."
Luis Osório, no Editorial de hoje n'A Capital
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A voz está de volta... Mesmo que já ninguém a queira ouvir...
ReplyDeleteObrigado pela paciência.
Parabens pelo blog.
O curioso é que estes são os mesmos argumentos utilizados pelos países contrários à plena integração aqui no Mercosul.
ReplyDeleteNorte, Sul: somos todos iguais.
Parabéns por teu sítio.
Abraço.