2007-03-16

Qualidade e visibilidade

São bons. Muito. Linda Martini, Dead Combo, Legendary Tiger Man, Dapunksportif e Expensive Soul, Sam the Kid, Valete, Revelações e confirmações de 2006. A produção musical portuguesa está num nível de qualidade e exigência comparável ao melhor dos EUA ou Reino Unido. Mas falha uma coisa, que não exclusiva lusa: a internacionalização. Um investimento muito físico e monetário - uma batalha levada muito a sério pelos The Gift - que para muitas destas bandas nacionais tem tanto de difícil como inviável. Difícil pelas condições de cada um por cá a nível profissional. Inviável porque as labels mundiais não querem apostar fora do registo anglo-saxónico. É mais fácil Mariza e Cristina Branco ou Sara Tavares vingarem no "catálogo" World Music. Tudo o resto é uma agulha num palheiro, um grão no deserto. O que é pena. Cool Hipnoise, Hipnótica, Mesa, Blasted Mechanism, Bulllet, Loopless, Boss AC, DaWeasel, Melo D, Old Jerusalem, Wraygunn (sucesso em França), Loto, Clã, JP Simões, são todos nomes que, caso fossem ingleses ou americanos teriam uma projecção internacional digna da sua qualidade. Todos tentam a sua sorte. Coitadinhos que somos pequenos? Este rectângulo começa a ser apertado para tantos tão bons.

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