2006-12-31
O falso sacrifício
Tanta pressa. Este sábado se viu o porquê. É o dia dos sacrifícios na peregrinação do Hajj. Mas é também um acto de pura vingança. Como se viu nos festejos. Como se viu no momento da execução. Contudo, é um acto de apaziguamento para os iraquianos - Saddam não voltará a marchar sobre eles. E estes simbolismos são partilhados pela Adminstração Bush. Afinal, a "sua" justiça foi aplicada, à moda medieval, à moda texana. Com o pressuposto - W.Bush dixit - de que se trata de um passo importante para a construção da democracia no Iraque. Como? Uma morte é chave para algo novo? Que eu saiba apenas a morte de Jesus Cristo foi significativa nesse aspecto. Bush, dada a diferença horária, dormia enquanto Saddam morria mas, se estivesse acordado até saber, seria esse comportamento menos estranho? Triste ironia, o dia nasce para uma vida se tirar. Algo que sempre me intrigou, as execuções por enforcamento ao nascer do dia. Conhecemo-los do Wild West, será prática corrente no Médio Oriente, ou mera exportação?
Olho por olho, dente por dente. Como refere Mário Mesquista no PÚBLICO de hoje, foi prometido aos americanos o corpo morto de Bin Laden, mas foi-lhes entregue o de Saddam como um troféu de vitória - mas não é, de maneira alguma, a mesma coisa. A morte do ex-ditador não trará a paz, apenas um mártir, mesmo que o facto de ser sunita acabe por ser uma amarga vantagem no teatro de guerra dominado pelos xiitas. Se fosse o contrário arriscar-se-iam os EUA a autorizar a execução?
Por muito que Saddam devesse morrer - pelo que foi, pelo que fez - nunca uma execução, neste contexto onde nem sequer foi julgado (convenientemente) por todos os seus crimes, poderá ser o ponto de partida do que chamamos democracia. Como hoje o entendemos. Como queremos que seja no séc.XXI. Afinal, caímos na discussão da ambiguidade do próprio conceito. Para os iraquianos basta-lhes assim? Mas se um dos propósitos da invasão foi trazer a democracia para a região através daqueles que se auto-intitulam como a "chama da liberdade", é este o exemplo de um estado civilizacional de Direito, socialmente evoluído e respeitadora dos direitos humanos?
Para já o único verdadeiramente libertado é Saddam, a morte libertou-o do devido castigo em vida com uma pena exemplar. Se as coisas continuarem a correr mal, no fim, o vencedor será o próprio Saddam - o seu nome de código atribuído na prisão diz muito: Victor.
Nota:
A TVI foi a única estação de TV que mostrou tudo da execução. Não sei se avisaram antes sobre o seu contéudo forte - por mero acaso, à procura de notícias, lá fui parar. De imediato zapei para SIC e RTP, que se abstiveram de mostrar o momento da morte. Assim como também não vi na BBC, na CNN ou na SkyNews. Regidos pelas regras éticas e deontológicas, como frisado pelo Editor de Política Internacional da Sky. Energúmena TVI que pretende audiência à custa de uma morte quase em directo.
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Victor Barreiras
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Globo
2006-12-29
Kofi Anan
Existem aquelas pessoas pelo qual nutrimos um ódio de estimação - e vários se podem referenciar, de hoje mas também de ontem - que se tornam presentes na realidade dos dias, de forma por vezes ofuscante, até com um certo e estranho orgulho nesse sentimento. Contudo, muitas vezes se esquece daqueles que pelo Bem e para o Bem têm ou tiveram uma vida e trabalho de esforço e dedicação, sem pensar na glória ou no heroísmo. Mas por isso mesmo eles se tornam, à sua medida, à nossa peculiar medida, heróis e gloriosos. Esquecemo-nos rapidamente dos de hoje, depois dos que já há muitos pereceram, e apenas os podemos encontrar nas enciclopédias, livros ou no Wikipedia. A eles devemos muito, directa ou indirectamente, local ou globalmente.
Um desses indivíduos é Kofi Anan, Secretário-Geral das Nações Unidas. Chega agora ao fim o seu (duplo) mandato à frente da ONU, e aproveitando esta hora de despedida creio ser da mais elementar justiça esboçar aqui o meu agradecimento, respeito e admiração. Discreto, mas resoluto, acreditando profundamente na justiça e na verdade. Um Homem de Paz, um homem bom.
O fim da Guerra Fria trouxe novas esperanças e este senhor ganês, funcionário da ONU há décadas, esforçou-se para reformar e renovar a organização de modo a ajustar-se à Nova Ordem Mundial e a sua natural missão humanitária. Conseguiu a auto-determinação de Timor (no qual apostou muito), e tantos outros esforços e sucessos que trouxeram ao Secretário-Geral e à ONU o Prémio Nobel da Paz em 2001. Contudo o mundo mudou imprevisivelmente a partir de 11 Setembro de 2001 e com a Adminstração Bush. Ultrapassado pelos interesses de vários membros do Conselho de Segurança, o início de insucessos e falhanços sucederam-se. A Reforma não foi completada, a importância estratégica para a paz e o desenvolvimento mundial através do Plano Milénio não foi ainda bem implementada.
Hoje, a Nova Ordem Mundial é absolutamente diferente do que se imaginava, mais inseguro e mais imprevisível. Mais do que nunca o papel da ONU é imprescindível. Crescentemente crítico do imperialismo americano - pelo falhanço da reforma, pela desvalorização do importante papel para a paz da ONU - o seu último discurso, intitulado Cinco Lições é um importante documento para o futuro. O legado de Kofi Anan é um precioso auxílio ao trabalho do seu sucessor.
Obrigado Bapi.
2006-12-23
2006-12-22
Nintendo Wii
A nova consola da Nintendo parece mesmo revolucionária.
Enquanto a Playstation e a XBOX continuam a mostrar evoluções nos seus produtos ao nível das especificações técnicas, o incremento da qualidade dos jogos, etc, a nova Nintendo Wii apresentou um conceito totalmente inovador, propondo mudar a maneira como jogamos. Em vez de estarmos refastelados no sofá, a Wii torna-nos parte do jogo. Tudo graças a um novo comando, que integra um sensor de movimentos, transmitindo para a TV (e para o jogo) o nosso comportamento e reacções. O que torna a sensação de jogo muito mais realista.
A Nintendo é o "think different" das consolas. Além disso, é branquinha como o Mac :-)
Só falta mesmo experimentar a Wii, comprovar que funciona mesmo bem, para depois levá-la para casa.
Video PS3 versus Wii (gostei mais da Wii :-) )
Video Wii moves you
Videos Wii Experience
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spear
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Hi-Tech
Global Orgasm Day - 22nd December 2006
Faltam pouco menos de 4 horas para o "Global Orgasm Day".
Para os mais lentos, convém já meterem-se em acção. Não vá atrasarem-se e falharem este épico momento.
Para os mais despachados, é só esperarem até 5 minutos antes e... mãos à obra.
Hoje é também o dia para todos os que têm um caso com a secretária, colocarem a nu, literalmente, as suas emoções e desejos. Afinal, se forem apanhados em cima da secretária, já têm outra desculpa válida: - "Sim Dr. Francisco, estou atrasado para a reunião! É que é Global Orgasm Day e estou aqui com a Carla, percebe? Ah, não se lembrava? Olhe que a Dora da limpeza ainda por aí e ainda vai a tempo. É melhor que nada, pois a Renata da contabilidade já está com o Dr. César."
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spear
2006-12-21
Pocoyo
Eis a minha paixão do momento. E do meu filho também. Chama-se Pocoyo e, depois da ternura do Ruca, igualmente produzido com claras intenções pedagógicas, esta animação em 3D simulando bonecos animados é uma imensa delícia. Vemos uma criança de 3 anos a comportar-se como tal. Vejo nele o meu filho, e ele aprende e reconhece coisas que acontecem no seu dia-a-dia. Concebida pela espanhola Zinkia, é a maior e melhor novidade deste ano. Extrema simplicidade, divertimento puro e aprendizagem profícua. Venceu um BAFTA para melhor série pré-escolar.
De tanta animação medíocre que nos últimos 15 anos têm surgido, nos últimos três houve finalmente uma atenção especial para aquelas crianças mais pequenas que, sempre fascinadas pela TV ficavam negativamente grudadas em programação imprópria para a sua idade. Começou com o Noddy (que cedo se transformou numa imensa máquina comercial, desvirtuando o conceito, e cansando a cabeça de tantos pais), o fascinante Ruca, (vindo da tradicional e excelente produção canadiana), o Bob Construtor (em saudoso stop-animation), Vamos Procurar a Boo, o - agora melhor explorado - Patinho (única animação nacional) e, com interacção das crianças, Os Pequenos Einsteins (ciência e música divertidos) e a Blue, que "entronizou" o Duarte na nova referência humana da programação infantil. Todos estes passam na 2: Ou seja, serviço público de qualidade. Mesmo que o canal Panda seja uma boa escolha, onde também Noddy e Ruca por lá passaram, este peca imenso por muita animação japonesa vulgar e inapropriada, quer pelo argumento, quer pela imagem.
Como a TV é hoje quase absolutamente impossível de fugir - o acto de a desligar é quase tão difícil como deixar de fumar - e a sua presença no mundo actual cada vez mais tecnológico torna-a bem diferente, enquanto pais temos a responsabilidade de proporcionar aos nossos filhos programação de qualidade, no meio de tanta violência e inconsequência intelectual. Abaixo Floribella's e Morangos, não é isso que deve ser entretenimento onde esta também possa ser aprendizagem. O meu fascínio pela animação manteve-se desde pequeno. Estou eu ao lado do meu filhote, de 3 anos recém-completados, a ver estes programas tão interessado e feliz como um puto de verdade. Daí também a minha tendência para a ilustração infantil.
Mas voltando ao Pocoyo, ainda não há DVDs nem qualquer objecto de merchandising em Portugal. Estou impaciente! Se quiserem saber mais visitem o site.
De segunda a sexta às cerca das 19:45, no início do ZigZag da tarde, na 2:
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Victor Barreiras
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TV
2006-12-18
Bons velhos tempos?
Desde que Putin chegou ao poder na Rússia que muito mudou em terras ex-soviéticas. Mas terá mudado para melhor? A Moscovo russa retomou parte do valor que a Moscovo soviética possuía, e é aqui que se teme que penda cada vez mais para um misto de Rússia Imperial e CCCP. Sob a direcção um ex-espião da KGB, com um séquito de actuais dirigentes, onde quatro em cada cinco são ex-membros da KGB/FSB, anseia ressurgir como uma nova potência, ditando novas regras e "quasi"-ultimatos ou chantagens perigosas. Veja-se quando das eleições na Ucrânia, desde o início do ano com a Geórgia, agora com a Polónia e até, imagine-se, com a Bielorússia, aliado à moda antiga considerado por muitos com a última ditadura da Europa. E agora a suspeita sobre o Kremlin no (maquiavélico) assassinato do ex-espião Alexandr Litvinenko em Londres, num claro retorno às estórias da Guerra Fria e muito mais misterioso que qualquer argumento de livro ou filme de espionagem.
O factor energia que nos entala europeus entre o atoleiro Médio-Oriente e a próxima mas inevitável/desconfiável Rússia torna as jogadas geo-políticas russas numa estratégia arrogantemente subtil, quer imposta aos Europeus, quer contra a cada vez mais emergente China, desde sempre mais um rival do que um parceiro. Imbuídos na permanente hipocrisia que é a realpolitik, a defesa umbiguista de cada um sem pensar a favor do todo global - o Protocolo de Quioto é outro exemplo, que a Rússia também não ratificou - coloca-nos, novamente, noutra frente incógnita, mas com diversos cenários. Mas como a realidade é mais imprevisível e fantástico que a ficção - e os últimos 20 anos deram-nos imensos exemplos disso - não podemos ficar na penumbra e na ignorância (mas não serão os ignorantes os mais felizes?).
Recomendo a edição deste mês da The Economist. A capa diz quase tudo.
Também sugiro texto de André Abrantes Amaral n'O Observador.
O factor energia que nos entala europeus entre o atoleiro Médio-Oriente e a próxima mas inevitável/desconfiável Rússia torna as jogadas geo-políticas russas numa estratégia arrogantemente subtil, quer imposta aos Europeus, quer contra a cada vez mais emergente China, desde sempre mais um rival do que um parceiro. Imbuídos na permanente hipocrisia que é a realpolitik, a defesa umbiguista de cada um sem pensar a favor do todo global - o Protocolo de Quioto é outro exemplo, que a Rússia também não ratificou - coloca-nos, novamente, noutra frente incógnita, mas com diversos cenários. Mas como a realidade é mais imprevisível e fantástico que a ficção - e os últimos 20 anos deram-nos imensos exemplos disso - não podemos ficar na penumbra e na ignorância (mas não serão os ignorantes os mais felizes?).
Recomendo a edição deste mês da The Economist. A capa diz quase tudo.
Também sugiro texto de André Abrantes Amaral n'O Observador.
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Victor Barreiras
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Globo
2006-12-07
2006-12-06
The Office Club
Espaço alternativo por excelência na noite caldense (obrigado Eduardo), The Office Club já faz parte do roteiro musical nacional. A par da óptima programação e espaço cool, possui uma identidade e comunicação muito bem elaboradas por estudio5.
2006-11-27
2006-11-09
European Design Awards
The European Design Awards is the comprehensive annual awards organization acknowledging the best of graphic design, illustration and multimedia design in Europe.
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Victor Barreiras
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Design
2006-11-08
Melhores Logos da Europa 2006
A portuguesa Shift foi vencedora do Melhor Logo da Europa 2006 promovido pelo EULDA.
Trata-se da identidade para Grutas e Centro do Vulcanismo em São Vicente, na Madeira.
Destaque também para outros vencedores, que consideramos bastante bons.
2006-11-07
Birthday Logo for EU
A Comissão Europeia promoveu um concurso para um logo que celebrasse os 50 anos do que é hoje a União Europeia. Foi este o vencedor. A ideia está muito bem, particularmente a escolha do autor pela palavra. Mas indo para o conhecidíssimo conceito United Colours of Benetton perde alguma originalidade e peca um pouco no seu conjunto como confusa.
O meu favorito é este:
2006-11-03
Ilustração 3D: Bernard Jeunet
Descobri estes trabalhos uma noite na Livraria Arquivo. São extraordinários. Da autoria de Bernard Jeunet, figuras modeladas e pintadas em papel constituem um breve conto ou conjunto de ilustrações de uma história.
Por ocasião da Bienal Ilustrarte houve uma exposição destes e outras esculturas até Julho passado, no Barreiro.
O livro que encontrei chama-se "A Arte na Página" e também há à venda na Fnac, assim como outro, em francês, chamado "Les plus belles chansons de toujours". Vai ser a minha auto-prenda de Natal.
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Victor Barreiras
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illustration
Mac: New MacBook
Finalmente dei o salto para Intel no meu mundo Mac com a a chegada do meu novo MacBook.
Este veio dar um descanso ao meu iBook G4 de guerra.
Só a caixa chamou-me logo a atenção, pois era quase metade do tamanho da caixa do iBook.
Comecei logo a tirar os cabos para começar a mexer nele, quando me lembrei que devia tirar a a fotografia. Voltei a meter tudo lá para dentro e tirei a foto. :-)
Telecomando: Uma pequena maravilha.
O meu primeiro contacto com FrontRow. Uau! Mais um showoff que posso fazer para os meus amigos dos PC's. Quero vê-los a babarem-se com isto.
O novo teclado é embutido no proprio computador, por isso parece mais sólido, mas talvez dificulte o trabalho de limpeza no futuro. A ver vamos.
A parte traseira do MacBook em cima do iBook. Destaque para as colunas em ambas as extremidades e da dobradiça maior que no iBook, a entrada para arrefecer o MacBook é também maior.
O MacBook tem a mesma largura que o iBook, mas é mais "curto" em altura de ecrã. 13" do MacBook contra as 14" do iBook. Acontece que o MacBook suporta uma resolução de ecrã superior, por isso a área de trabalho disponível é maior.
Um dos pormenores que salta logo à vista é a diferença de espessura e, consequentemente, de peso. Muito bem conseguido.
Já o Magsafe é outro pormenor bem esgalhado.
Diferentes portas para ligar a um monitor externo (já me tramaram pois estava a pensar usar o adaptador que tinha do iBook! Damn you Apple!). Modem também foi com as urtigas.
----
Comportamento geral:
Confesso que esta foi uma dupla estreia para mim: um Mac Intel e o Mac OS Tiger. Duas situações novas para mim e muito surpreendentes.
Todo o sistema Tiger responde bem e é rápido no finder e abrir aplicações nativas. (1Gb de ram que tem também conta aqui.)
Arranque rapidíssimo!
Fiquei rendido ao telecomando. Muito prático.
Como me estreei no Tiger, pude ver realmente o que andei a perder. O novo Mail tem as funcionalidades que sempre quis no Panther, o Spotlight é rapido, o Dashboard é prático e o FrontRow uma agradável surpresa. E claro que não explorei muito. Tudo isto são pormenores que nunca tinha tido acesso.
A Migração:
Como é obvio perdi algum tempo a migrar tudo: Trabalhos, software PPC, instalar fontes, copiar contactos do Address Book, copiar emails, copiar bookmarks, copiar passwords.
Tudo feito drag and drop. Posso-me dar por contente e tudo correu bem.
A funcionar com o Rosetta:
Antes de encomendar o MacBook atormentava-me a ideia do facto do software PPC não poder funcionar como devia. Aproveito para esclarecer: Comparativamente com o meu iBook é tudo muito mais rápido. No worries here.
A eterna questão do aquecimento:
Posso dizer que o MacBook não é mais quente que o iBook. Este último, como fica com o processador por debaixo da minha mão esquerda, consegue ser mais quente que o MacBook ao fim de um dia de trabalho. Já o MacBook aquece mais na zona junto às ventoinhas.
Pequenos problemas:
Nem tudo é pacífico e encontrei pequenos problemas.
Noto que as ventoinhas do MacBook disparam com muita mais facilidade e intensidade que no iBook (acreditem que, por vezes, parece um portatil PC a trabalhar).
Embora não tive até agora um crash de sistema, o Finder já me deixou de responder (alô?) umas quantas vezes.
O Firefox 2.0 que instalei é também muito sensível e crasha regularmente. Tenho que instalar uma versão anterior e mais estável.
Destaque final para o preço do MacBook.
Cerca de 1400 euros - 2.0Ghz, 60Gb, 1Gb de Ram. Muito software, webcam integrada e telecomando. Acho que é um preço excelente.
Este veio dar um descanso ao meu iBook G4 de guerra.
Só a caixa chamou-me logo a atenção, pois era quase metade do tamanho da caixa do iBook.
Comecei logo a tirar os cabos para começar a mexer nele, quando me lembrei que devia tirar a a fotografia. Voltei a meter tudo lá para dentro e tirei a foto. :-)
Telecomando: Uma pequena maravilha.
O meu primeiro contacto com FrontRow. Uau! Mais um showoff que posso fazer para os meus amigos dos PC's. Quero vê-los a babarem-se com isto.
O novo teclado é embutido no proprio computador, por isso parece mais sólido, mas talvez dificulte o trabalho de limpeza no futuro. A ver vamos.
A parte traseira do MacBook em cima do iBook. Destaque para as colunas em ambas as extremidades e da dobradiça maior que no iBook, a entrada para arrefecer o MacBook é também maior.
O MacBook tem a mesma largura que o iBook, mas é mais "curto" em altura de ecrã. 13" do MacBook contra as 14" do iBook. Acontece que o MacBook suporta uma resolução de ecrã superior, por isso a área de trabalho disponível é maior.
Um dos pormenores que salta logo à vista é a diferença de espessura e, consequentemente, de peso. Muito bem conseguido.
Já o Magsafe é outro pormenor bem esgalhado.
Diferentes portas para ligar a um monitor externo (já me tramaram pois estava a pensar usar o adaptador que tinha do iBook! Damn you Apple!). Modem também foi com as urtigas.
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Comportamento geral:
Confesso que esta foi uma dupla estreia para mim: um Mac Intel e o Mac OS Tiger. Duas situações novas para mim e muito surpreendentes.
Todo o sistema Tiger responde bem e é rápido no finder e abrir aplicações nativas. (1Gb de ram que tem também conta aqui.)
Arranque rapidíssimo!
Fiquei rendido ao telecomando. Muito prático.
Como me estreei no Tiger, pude ver realmente o que andei a perder. O novo Mail tem as funcionalidades que sempre quis no Panther, o Spotlight é rapido, o Dashboard é prático e o FrontRow uma agradável surpresa. E claro que não explorei muito. Tudo isto são pormenores que nunca tinha tido acesso.
A Migração:
Como é obvio perdi algum tempo a migrar tudo: Trabalhos, software PPC, instalar fontes, copiar contactos do Address Book, copiar emails, copiar bookmarks, copiar passwords.
Tudo feito drag and drop. Posso-me dar por contente e tudo correu bem.
A funcionar com o Rosetta:
Antes de encomendar o MacBook atormentava-me a ideia do facto do software PPC não poder funcionar como devia. Aproveito para esclarecer: Comparativamente com o meu iBook é tudo muito mais rápido. No worries here.
A eterna questão do aquecimento:
Posso dizer que o MacBook não é mais quente que o iBook. Este último, como fica com o processador por debaixo da minha mão esquerda, consegue ser mais quente que o MacBook ao fim de um dia de trabalho. Já o MacBook aquece mais na zona junto às ventoinhas.
Pequenos problemas:
Nem tudo é pacífico e encontrei pequenos problemas.
Noto que as ventoinhas do MacBook disparam com muita mais facilidade e intensidade que no iBook (acreditem que, por vezes, parece um portatil PC a trabalhar).
Embora não tive até agora um crash de sistema, o Finder já me deixou de responder (alô?) umas quantas vezes.
O Firefox 2.0 que instalei é também muito sensível e crasha regularmente. Tenho que instalar uma versão anterior e mais estável.
Destaque final para o preço do MacBook.
Cerca de 1400 euros - 2.0Ghz, 60Gb, 1Gb de Ram. Muito software, webcam integrada e telecomando. Acho que é um preço excelente.
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spear
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Apple
Se eu tapar o nariz o meu espirro sai pelos ouvidos ou a minha cabeça explode?
É confrangedor a falta de sentido visual que tantos possuem. Esquecem sempre a regra/provérbio "os olhos também comem". Quando mais que nunca o design assume uma importância estratégica na sociedade e na economia, a proliferação de blogs - ou sites e tantas outras "manifestações" de registo visual - como poderão valer e existir baixa qualidade na sua estrutura e na sua estética? Uma série de factores existem, mas é óbvio que se alguém faz um blog ou um site, deverá ter cuidado e atenção ao modo como fará a sua visualização. Para se comunicar bem há que ser claro, e o modo como isso se apresenta é crucial se querem ser lidos e vistos com olhos de ver. Se o contéudo for bom, ainda melhor.
Isto a propósito do texto É o design, estúpidos! em A Barriga de um Arquitecto. A pertinência da análise/grito é absolutamente verdade. Tantos blogs que esqueço no imediato momento que os abro pela primeira vez. Dos templates por defeito há sempre aqueles horrorosos, que de tanto encherem o olho nos fazem explodir a cabeça, algo que para os detentores desses blogs não acontece por circunstâncias misteriosas. E o mesmo sucede com os sites, particularmente agora que até o Word dá para editar para html... Como pode um empresa ter um domínio na web com uma imagem energúmena, como alguns que conheço? E o pior é que não querem mudar.
A lacuna da educação visual de tantos é um enorme handicap até para aceitarem a mudança. E um dos papeis do design é mudar para melhor. Quando um cliente me disse uma vez que a bandeira de Portugal se pode inverter (com quem alinha um texto à direita ou à esquerda), e outro que opta por uma agência local à proposta que recebera da Brandia, está muita coisa dita. É a não-apreensão da dimensão, alcance e vantagem do design que me preocupa, particularmente em empresas que tinham imenso potencial e bastante a ganhar. Contudo cabe a nós designers, e nós apenas, mudar esta percepção. Há que insistir, clarificar, ensinar até. Todos sairão a ganhar.
O título vem de uma inesquecível prancha de Calvin & Hobbes. Mas também poderia ser "A insustentável leveza do design?".
Isto a propósito do texto É o design, estúpidos! em A Barriga de um Arquitecto. A pertinência da análise/grito é absolutamente verdade. Tantos blogs que esqueço no imediato momento que os abro pela primeira vez. Dos templates por defeito há sempre aqueles horrorosos, que de tanto encherem o olho nos fazem explodir a cabeça, algo que para os detentores desses blogs não acontece por circunstâncias misteriosas. E o mesmo sucede com os sites, particularmente agora que até o Word dá para editar para html... Como pode um empresa ter um domínio na web com uma imagem energúmena, como alguns que conheço? E o pior é que não querem mudar.
A lacuna da educação visual de tantos é um enorme handicap até para aceitarem a mudança. E um dos papeis do design é mudar para melhor. Quando um cliente me disse uma vez que a bandeira de Portugal se pode inverter (com quem alinha um texto à direita ou à esquerda), e outro que opta por uma agência local à proposta que recebera da Brandia, está muita coisa dita. É a não-apreensão da dimensão, alcance e vantagem do design que me preocupa, particularmente em empresas que tinham imenso potencial e bastante a ganhar. Contudo cabe a nós designers, e nós apenas, mudar esta percepção. Há que insistir, clarificar, ensinar até. Todos sairão a ganhar.
O título vem de uma inesquecível prancha de Calvin & Hobbes. Mas também poderia ser "A insustentável leveza do design?".
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Victor Barreiras
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Design
2006-10-31
Arquitectura: Falling Water, Frank Lloyd Wright
Do genial Frank Lloyd Wright, a casa Falling Water na Pensilvania, construída para a familia Kaufmann, terminada em 1935, é a mais impressionante e famosa peça de arquitectura dos EUA. Recentemente recuperada é agora um espaço de visita obrigatório.
Via Arrumário.
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Victor Barreiras
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Architecture
2006-10-24
Penguin Designer Classics
Há 70 anos que a editora inglesa Penguin tem formado milhões por todo o Reino Unido (ainda me recordo de pegar nalguns quando era criança). Tornou-se um veículo cultural enorme: pela qualidade dos conteúdos - os clássicos são incontornáveis - pelo design das capas e, pelos preços acessíveis. O que não se poderá dizer destes, a £100 (160 euros) cada um. Mas são edições limitadas (1000 ex) destinadas a comemorar os 60 anos da Penguin Classics, cujas capas são desenhadas por designers convidados (afinal, historicamente foi uma das atitudes da Penguin).
The Idiot
Fyodor Dostoyevsky
Cover design: Ron Arad
Madame Bovary
Gustave Flaubert
Cover design: Manolo Blahnik
Tender is the Night
F. Scott Fitzgerald
Cover design: Sam Taylor-Wood
Crime and Punishment
Fyodor Dostoyevsky
Cover design: Fuel
Lady Chatterley's Lover
David Herbert Lawrence
Cover design: Paul Smith
The Idiot
Fyodor Dostoyevsky
Cover design: Ron Arad
Madame Bovary
Gustave Flaubert
Cover design: Manolo Blahnik
Tender is the Night
F. Scott Fitzgerald
Cover design: Sam Taylor-Wood
Crime and Punishment
Fyodor Dostoyevsky
Cover design: Fuel
Lady Chatterley's Lover
David Herbert Lawrence
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