2006-12-21

Pocoyo


Eis a minha paixão do momento. E do meu filho também. Chama-se Pocoyo e, depois da ternura do Ruca, igualmente produzido com claras intenções pedagógicas, esta animação em 3D simulando bonecos animados é uma imensa delícia. Vemos uma criança de 3 anos a comportar-se como tal. Vejo nele o meu filho, e ele aprende e reconhece coisas que acontecem no seu dia-a-dia. Concebida pela espanhola Zinkia, é a maior e melhor novidade deste ano. Extrema simplicidade, divertimento puro e aprendizagem profícua. Venceu um BAFTA para melhor série pré-escolar.

De tanta animação medíocre que nos últimos 15 anos têm surgido, nos últimos três houve finalmente uma atenção especial para aquelas crianças mais pequenas que, sempre fascinadas pela TV ficavam negativamente grudadas em programação imprópria para a sua idade. Começou com o Noddy (que cedo se transformou numa imensa máquina comercial, desvirtuando o conceito, e cansando a cabeça de tantos pais), o fascinante Ruca, (vindo da tradicional e excelente produção canadiana), o Bob Construtor (em saudoso stop-animation), Vamos Procurar a Boo, o - agora melhor explorado - Patinho (única animação nacional) e, com interacção das crianças, Os Pequenos Einsteins (ciência e música divertidos) e a Blue, que "entronizou" o Duarte na nova referência humana da programação infantil. Todos estes passam na 2: Ou seja, serviço público de qualidade. Mesmo que o canal Panda seja uma boa escolha, onde também Noddy e Ruca por lá passaram, este peca imenso por muita animação japonesa vulgar e inapropriada, quer pelo argumento, quer pela imagem.

Como a TV é hoje quase absolutamente impossível de fugir - o acto de a desligar é quase tão difícil como deixar de fumar - e a sua presença no mundo actual cada vez mais tecnológico torna-a bem diferente, enquanto pais temos a responsabilidade de proporcionar aos nossos filhos programação de qualidade, no meio de tanta violência e inconsequência intelectual. Abaixo Floribella's e Morangos, não é isso que deve ser entretenimento onde esta também possa ser aprendizagem. O meu fascínio pela animação manteve-se desde pequeno. Estou eu ao lado do meu filhote, de 3 anos recém-completados, a ver estes programas tão interessado e feliz como um puto de verdade. Daí também a minha tendência para a ilustração infantil.

Mas voltando ao Pocoyo, ainda não há DVDs nem qualquer objecto de merchandising em Portugal. Estou impaciente! Se quiserem saber mais visitem o site.
De segunda a sexta às cerca das 19:45, no início do ZigZag da tarde, na 2:

2006-12-18

Bons velhos tempos?

Desde que Putin chegou ao poder na Rússia que muito mudou em terras ex-soviéticas. Mas terá mudado para melhor? A Moscovo russa retomou parte do valor que a Moscovo soviética possuía, e é aqui que se teme que penda cada vez mais para um misto de Rússia Imperial e CCCP. Sob a direcção um ex-espião da KGB, com um séquito de actuais dirigentes, onde quatro em cada cinco são ex-membros da KGB/FSB, anseia ressurgir como uma nova potência, ditando novas regras e "quasi"-ultimatos ou chantagens perigosas. Veja-se quando das eleições na Ucrânia, desde o início do ano com a Geórgia, agora com a Polónia e até, imagine-se, com a Bielorússia, aliado à moda antiga considerado por muitos com a última ditadura da Europa. E agora a suspeita sobre o Kremlin no (maquiavélico) assassinato do ex-espião Alexandr Litvinenko em Londres, num claro retorno às estórias da Guerra Fria e muito mais misterioso que qualquer argumento de livro ou filme de espionagem.



O factor energia que nos entala europeus entre o atoleiro Médio-Oriente e a próxima mas inevitável/desconfiável Rússia torna as jogadas geo-políticas russas numa estratégia arrogantemente subtil, quer imposta aos Europeus, quer contra a cada vez mais emergente China, desde sempre mais um rival do que um parceiro. Imbuídos na permanente hipocrisia que é a realpolitik, a defesa umbiguista de cada um sem pensar a favor do todo global - o Protocolo de Quioto é outro exemplo, que a Rússia também não ratificou - coloca-nos, novamente, noutra frente incógnita, mas com diversos cenários. Mas como a realidade é mais imprevisível e fantástico que a ficção - e os últimos 20 anos deram-nos imensos exemplos disso - não podemos ficar na penumbra e na ignorância (mas não serão os ignorantes os mais felizes?).
Recomendo a edição deste mês da The Economist. A capa diz quase tudo.
Também sugiro texto de André Abrantes Amaral n'O Observador.

Nós

2006-12-07

7 Maravilhas de Portugal




Por Y&R Brands Lisbon

olhem que prenda bonita

2006-12-06

Bonobo -Days to Come



The Office Club




Espaço alternativo por excelência na noite caldense (obrigado Eduardo), The Office Club já faz parte do roteiro musical nacional. A par da óptima programação e espaço cool, possui uma identidade e comunicação muito bem elaboradas por estudio5.

2006-11-27

Sara Tavares na BBC2


Sexta passada, "Later with Jools Holland" da BBC2, no melhor e mais mediático programa de música da TV britânica.

2006-11-22

Mau Mau

2006-11-09

design in europe

European Design Awards



The European Design Awards is the comprehensive annual awards organization acknowledging the best of graphic design, illustration and multimedia design in Europe.

It's the war, stupid

2006-11-08

Melhores Logos da Europa 2006


A portuguesa Shift foi vencedora do Melhor Logo da Europa 2006 promovido pelo EULDA.
Trata-se da identidade para Grutas e Centro do Vulcanismo em São Vicente, na Madeira.


Destaque também para outros vencedores, que consideramos bastante bons.





2006-11-07

Birthday Logo for EU


A Comissão Europeia promoveu um concurso para um logo que celebrasse os 50 anos do que é hoje a União Europeia. Foi este o vencedor. A ideia está muito bem, particularmente a escolha do autor pela palavra. Mas indo para o conhecidíssimo conceito United Colours of Benetton perde alguma originalidade e peca um pouco no seu conjunto como confusa.

O meu favorito é este:

2006-11-03

Ilustração 3D: Bernard Jeunet



Descobri estes trabalhos uma noite na Livraria Arquivo. São extraordinários. Da autoria de Bernard Jeunet, figuras modeladas e pintadas em papel constituem um breve conto ou conjunto de ilustrações de uma história.
Por ocasião da Bienal Ilustrarte houve uma exposição destes e outras esculturas até Julho passado, no Barreiro.

O livro que encontrei chama-se "A Arte na Página" e também há à venda na Fnac, assim como outro, em francês, chamado "Les plus belles chansons de toujours". Vai ser a minha auto-prenda de Natal.

Mac: New MacBook

Finalmente dei o salto para Intel no meu mundo Mac com a a chegada do meu novo MacBook.
Este veio dar um descanso ao meu iBook G4 de guerra.


Só a caixa chamou-me logo a atenção, pois era quase metade do tamanho da caixa do iBook.



Comecei logo a tirar os cabos para começar a mexer nele, quando me lembrei que devia tirar a a fotografia. Voltei a meter tudo lá para dentro e tirei a foto. :-)


Telecomando: Uma pequena maravilha.


O meu primeiro contacto com FrontRow. Uau! Mais um showoff que posso fazer para os meus amigos dos PC's. Quero vê-los a babarem-se com isto.


O novo teclado é embutido no proprio computador, por isso parece mais sólido, mas talvez dificulte o trabalho de limpeza no futuro. A ver vamos.


A parte traseira do MacBook em cima do iBook. Destaque para as colunas em ambas as extremidades e da dobradiça maior que no iBook, a entrada para arrefecer o MacBook é também maior.


O MacBook tem a mesma largura que o iBook, mas é mais "curto" em altura de ecrã. 13" do MacBook contra as 14" do iBook. Acontece que o MacBook suporta uma resolução de ecrã superior, por isso a área de trabalho disponível é maior.


Um dos pormenores que salta logo à vista é a diferença de espessura e, consequentemente, de peso. Muito bem conseguido.
Já o Magsafe é outro pormenor bem esgalhado.


Diferentes portas para ligar a um monitor externo (já me tramaram pois estava a pensar usar o adaptador que tinha do iBook! Damn you Apple!). Modem também foi com as urtigas.

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Comportamento geral:
Confesso que esta foi uma dupla estreia para mim: um Mac Intel e o Mac OS Tiger. Duas situações novas para mim e muito surpreendentes.
Todo o sistema Tiger responde bem e é rápido no finder e abrir aplicações nativas. (1Gb de ram que tem também conta aqui.)
Arranque rapidíssimo!
Fiquei rendido ao telecomando. Muito prático.
Como me estreei no Tiger, pude ver realmente o que andei a perder. O novo Mail tem as funcionalidades que sempre quis no Panther, o Spotlight é rapido, o Dashboard é prático e o FrontRow uma agradável surpresa. E claro que não explorei muito. Tudo isto são pormenores que nunca tinha tido acesso.

A Migração:
Como é obvio perdi algum tempo a migrar tudo: Trabalhos, software PPC, instalar fontes, copiar contactos do Address Book, copiar emails, copiar bookmarks, copiar passwords.
Tudo feito drag and drop. Posso-me dar por contente e tudo correu bem.


A funcionar com o Rosetta:
Antes de encomendar o MacBook atormentava-me a ideia do facto do software PPC não poder funcionar como devia. Aproveito para esclarecer: Comparativamente com o meu iBook é tudo muito mais rápido. No worries here.

A eterna questão do aquecimento:
Posso dizer que o MacBook não é mais quente que o iBook. Este último, como fica com o processador por debaixo da minha mão esquerda, consegue ser mais quente que o MacBook ao fim de um dia de trabalho. Já o MacBook aquece mais na zona junto às ventoinhas.

Pequenos problemas:
Nem tudo é pacífico e encontrei pequenos problemas.
Noto que as ventoinhas do MacBook disparam com muita mais facilidade e intensidade que no iBook (acreditem que, por vezes, parece um portatil PC a trabalhar).
Embora não tive até agora um crash de sistema, o Finder já me deixou de responder (alô?) umas quantas vezes.
O Firefox 2.0 que instalei é também muito sensível e crasha regularmente. Tenho que instalar uma versão anterior e mais estável.

Destaque final para o preço do MacBook.
Cerca de 1400 euros - 2.0Ghz, 60Gb, 1Gb de Ram. Muito software, webcam integrada e telecomando. Acho que é um preço excelente.

Se eu tapar o nariz o meu espirro sai pelos ouvidos ou a minha cabeça explode?

É confrangedor a falta de sentido visual que tantos possuem. Esquecem sempre a regra/provérbio "os olhos também comem". Quando mais que nunca o design assume uma importância estratégica na sociedade e na economia, a proliferação de blogs - ou sites e tantas outras "manifestações" de registo visual - como poderão valer e existir baixa qualidade na sua estrutura e na sua estética? Uma série de factores existem, mas é óbvio que se alguém faz um blog ou um site, deverá ter cuidado e atenção ao modo como fará a sua visualização. Para se comunicar bem há que ser claro, e o modo como isso se apresenta é crucial se querem ser lidos e vistos com olhos de ver. Se o contéudo for bom, ainda melhor.

Isto a propósito do texto É o design, estúpidos! em A Barriga de um Arquitecto. A pertinência da análise/grito é absolutamente verdade. Tantos blogs que esqueço no imediato momento que os abro pela primeira vez. Dos templates por defeito há sempre aqueles horrorosos, que de tanto encherem o olho nos fazem explodir a cabeça, algo que para os detentores desses blogs não acontece por circunstâncias misteriosas. E o mesmo sucede com os sites, particularmente agora que até o Word dá para editar para html... Como pode um empresa ter um domínio na web com uma imagem energúmena, como alguns que conheço? E o pior é que não querem mudar.

A lacuna da educação visual de tantos é um enorme handicap até para aceitarem a mudança. E um dos papeis do design é mudar para melhor. Quando um cliente me disse uma vez que a bandeira de Portugal se pode inverter (com quem alinha um texto à direita ou à esquerda), e outro que opta por uma agência local à proposta que recebera da Brandia, está muita coisa dita. É a não-apreensão da dimensão, alcance e vantagem do design que me preocupa, particularmente em empresas que tinham imenso potencial e bastante a ganhar. Contudo cabe a nós designers, e nós apenas, mudar esta percepção. Há que insistir, clarificar, ensinar até. Todos sairão a ganhar.



O título vem de uma inesquecível prancha de Calvin & Hobbes. Mas também poderia ser "A insustentável leveza do design?".

Beautiful Day, WWF Canada



Anúncio da WWF Canadá, feito pela FCB de Toronto.
Via The Hidden Persuader