2009-09-09

EXD'09 It's About Time


_

2009-09-08

cinema


District 9

A first great metaphorical look on Apartheid.

Um primeiro grande olhar metafórico sobre o Apartheid.

http://www.apple.com/trailers/sony_pictures/district9/

http://district9movie.com/





Brief Interviews with Hideous Men

http://www.apple.com/trailers/independent/briefinterviewswithhideousmen/



Untitled

What is contemporary art? How do we relate with it, for it, from it? A comic view of how art and life can go through weird paths.

O que é a arte contemporânea? Como nos relacionamos com ela, para ela, a partir dela? Uma visão cómica sobre como a arte e a vida podem ir por caminhos estranhos.

http://www.apple.com/trailers/independent/untitled/

http://www.untitled-themovie.com/

_

We are what we learn

2009-09-07

um jogo-metáfora


Dinamarca 1 - Portugal 1 (Foto Bob Strong/Reuters)


Há momentos assim. Onde o trabalho não é compensado com resultados. Quando os objectivos não se atingem para poder mudar as coisas. Imagens metafóricas de uma realidade mais vasta que se imagina. Na verdade, o jogo de Portugal em Copenhaga frente à Dinamarca, demonstrou-se como uma metáfora, cruel e sistémica do país que somos. Um esforço colectivo de (quase) última hora, jogo bonito e tentativas constantes mas falhadas (34 remates para 1 golo de empate), mudanças de rumo incompreensíveis (sai o Tiago?!), perder a cabeça quando inteligência urge, socorrer-se de gente de fora (Liedson) para salvar a honra.

Organização, trabalho e eficácia nem sempre jogam na mesma equipa, ou pelo menos, ao mesmo tempo. E isto vislumbra-se tanto no futebol como no país. Quando é preciso ganhar falha sempre qualquer coisa, e culpar as arbitragens não é desculpa aceitável para quem o principal trabalho não tem evidenciado rendimento necessário para ultrapassar as adversidades. Seja na selecção, seja nos clubes. Impedir que contrariedades façam desabar tudo como um baralho de cartas é trabalho de seleccionador, de estrutura, de treino, de cabeça. E jogar bonito não faz vencer jogos, golos sim. O que falta a Portugal é acreditar. Não somente que é capaz de vencer - tem jogadores para isso. Mas que vai vencer. Falta espírito vencedor em doses maiores.


Não entendo nada de tácticas, nem de posições ideais, mas sei que um jogo de futebol tem técnica e tem magia. E tem narrativa. Aliás, como um filme, ou géneros de filmes, vários tipos de estruturas narrativas. Documental, trágico, cómico, épico. Ao longo das partidas podemos compreender como é o enredo e qual poderá ser o desenlace final.

Eis alguns exemplos. Jogar para empatar é derrota quase certa. Jogar bonito mas sem golos é ineficácia. Jogar feio e ganhar é estrutura. Jogar mal e perder é castigo justo. Jogar mal e ganhar é sorte dos diabos. Rematar e insistir no golo, mais tarde ou mais cedo a bola entra. Esta última, se cumprida por mais de 20/30 minutos em actos continuadamente perdulários e escandalosos é certamente burrice, onde já nem a falta de sorte ou o azar correm pelo campo, e cujo destino é perder, mesmo que seja com um empate. Socorrer-se de Nuno Gomes nos útlimos minutos é acto de desespero com resultado obviamente nulo.

Uma das ferozes batalhas finais de um campanha inusitada - preenchida de maus resultados, desconfianças, desilusões - ocorreu este sábado, e temos um empate que é na verdade uma meia-derrota. A necessidade de ganhar tornou-se agora em urgência atroz. E assim, de tempos a tempos, Portugal (o país e o futebol) anda de meia-derrota em meia-derrota, num avanço inócuo para lado nenhum. Pelo longínqua estruturalização perdida (Queirós 1987-1994); quando as boas experiências passadas (Humberto Coelho) são esquecidas; e a persistência recente (Scolari) denegrida. Voltamos à constância do desperdício - desde as Descobertas, ao ouro do Brasil, dos milhões da Europa. A frequência do "gastar antes que acabe" tropeça tanto naqueles que têm como nos que pouco têm senão proceder assim. E no fim, ficamos a fazer contas. Uns se conseguem chegar ao mês seguinte. Outros para tentar esmiuçar a hipótese do Mundial.


Uma vez li num texto de Bruno Prata no Público a referência de alguém que dizia que existem três tipos de treinadores. Os competentes com sorte. Os incompetentes com sorte. Os competentes com azar. Ou seja, para entender de outra forma: Mourinho, Scolari, Queirós. Analisemos os percursos de cada um e entendem-se as falhas, os objectivos, o carácter, o ambiente. No fim desta campanha esperemos que o actual seleccionador passe a ser um competente com sorte. Era Carlos Queirós o líder da selecção quando se falhou o Mundial dos EUA em 1994. Na história das não idas a fases finais de competições até agora existe um falhanço histórico - Mundial de França em 1998. A hipótese de não atingir a África do Sul teme ser outro.

Pelo futebol da selecção entendemos a inconstância nacional. A glória de 1966 (Inglaterra). O deslumbramento de 1984 (França). A vergonha de 1986 (México). As vitórias inocentes de 1989 e 1991. A alegria de 1996 (Inglaterra). O falhanço de 1998 (França). As maravilhas de 2000 (Holanda). A vergonha de 2002 (Coreia). A magia de 2004 (Portugal) com final trágico. O quase pódio de 2006 (Alemanha). A desilusão de 2008 (Austria/Suíça). Altos patamares quase se alternam com percursos para esquecer.


Portugal é assim. Bipolar. De bestiais a bestas e vice-versa. Cada novo seleccionador é um salvador da pátria para logo de seguida cair no poço das más virtudes. Fernando Pessoa disse que faltava cumprir-se Portugal. O que o país precisa é de ir ao psiquiatra. Ainda para mais agora com as campanhas eleitorais no terreno e a permanente não-discussão de ideias ou soluções, e a costumeira eu-fiz-isto e tu-fizeste-aquilo cruzada com eu-não-fiz-isso e tu-não-fizeste-aqueloutro. Haja paciência.

Fartos de acusações, verdades dissimuladas, demagogias, confrontos de passado precisamos - quer no futebol, quer na política - de clareza, de seriedade, de solidariedade, de visão, de soluções a pensar para o futuro. Com tudo junto - futebol e política - as próximas semanas serão extenuantes.

_

2009-09-04

para um novo tipo de cumprimentos

Para evitar contágios o melhor é começar a treinar outro tipo de cumprimentos. Que tal a saudação Vulcan, do Star Trek? É conhecida mundialmente, é popular e divertida. O contacto/contágio é zero absoluto.

Swine Flu upsets rituals of greeting, via New York Times
_

2009-09-03

sara e ritinha


2009-09-02

2009-09-01

White Box

White Box from makoto yabuki on Vimeo.

2009-08-26

o emprego certo

2009-08-25

O encantamento

Um apaixonamento inocente. Uma idealização etérea. Todos o temos.
Mas poucos têm o privilégio (ou o pânico) de à nossa frente "o tal" surgir.
Virgínia, uma bela mulher, descreve-nos como quão sedutor é um encantamento inevitável. Ler aqui em "Encantada com Mia Couto".
_

2009-07-21

2009-07-20

40 years of the triumph of human ingenuity


CARREGUE NA IMAGEM PARA AUMENTAR
CLICK OVER PICTURE TO ENLARGE


Cartoon by Martin Rowson | The Guardian

2009-07-15

We Choose the Moon


CARREGUE NA IMAGEM PARA AUMENTAR
CLICK OVER PICTURE TO ENLARGE


A 12 de Setembro de 1962, o Presidente Kennedy proferiu famoso discurso "Escolhemos ir à Lua". Um empreendimento americano sem igual colocaria pela primeira vez um ser humano num corpo celestial.
Este ano, e nos dias próximos, marcam o 40º aniversário da histórica missão Apollo 11. Para celebrar esse momento foi criado um website original e fascinante chamado "We Choose the Moon". Em tempo real, como se fosse agora, podemos acompanhar todos os passos da missão espacial - desde a contagem decrescente do dia do lançamento, até à alunagem a 20 de Julho.
Desde então gerações têm olhado para os céus e sonhado em serem astronautas também. Eu fui uma criança que viveu e brincou nessa possibilidade. Todas as minhas crenças e sentido de aventura foram construídos porque três homens pisaram pela primeira vez a Lua em 1969. O sonho persiste, e a maravilha da exploração espacial é a próxima grande fronteira da Humanidade.



On September 12th 1962, President Kennedy delivered the famous "We choose to go to the Moon" speech. An american endeavour like no other before would place a human for the first time on another celestial body.
This year, and the days ahead, marks the 40th anniversary of the historic mission of Apollo 11. To celebrate that moment an original and fascinating website called "We Choose the Moon" has been created. In real time as if it was now, we can follow every step of the space mission - from countdown of launchday, to the landing on July 20.
Generations ever since look upon the skies and dream of being an astronaut too. I was a child how lived and played in that possibility. All my beliefs and sense of adventure was built because three men landed for the first time on the moon in 1969. The dream endures, and the marvel of space exploration is Mankind's greatest next frontier.
_

"Carousel" Philips (Cannes Lions winner)

2009-07-07

The power of sport brands / O poder das marcas desportivas



Gathering eighty thousand people to see a man is not new. If we think of indivuduals such as Nelson Mandela, Barack Obama or JFK. Or megaconcerts in Hyde Park. Again because of Madiba Mandela. To assemble so many around a project isn't new either. Thru out 2008 presidential candidate Obama achieved much for the american political history, and had plenty gatherings along US cities and towns, even joining 200,000 in Berlin. The victory night in Chicago was a new record. The inauguration had two million people in Washighton DC. All around an idea, a project, a hope, a dream.
These objectives never came close for brands. There's always been other factors - humanitarian, of protest - for large demonstrations. But if Obama himself became a brand, then indeed he was the first modern individual brand. As a political one and even a commercial brand.
Playing ever more as a common commercial brand, spanish football club Real Madrid has become a pioneer. The worship of soccer can be compared to a religion, and the strong branding strategies have empowered these popular clubs to levels of high mobilization and almost ideological veneration. Yes, because joining in Santiago Barnabéu Stadium 50,000 madridistas (paying) to see Kaká, and 80,000 (for free) to king Cristiano Ronaldo is a clear demonstration of the power of these new sport brands.
Real Madrid and Barcelona; Manchester United, Liverpool, Arsenal and Chelsea; Inter and AC Milan in association with Nike and Adidas have that power.
All together bring an intensified contribution in selling emotion, success and victory.



Juntar oitenta mil pessoas para ver um homem não é novidade. Se pensarmos em indivíduos como Mandela, Obama e JFK. Ou superconcertos em Hyde Park. Por causa de Nelson Mandela. Reunir tanta gente por causa de um projecto não é inédito. Durante todo 2008 o candidato Barack Obama marcou diversos momentos da história política americana. E teve diversos episódios de enormes aglomerados de pessoas para vê-lo, em dezenas de cidades americanas e até mesmo 200.000 em Berlim. A noite da vitória encheu Chicago como nunca. O dia da investidura como 44º Presidente dos EUA foi quase recorde, com 2 milhões de pessoas em Washington. À volta de uma ideia, de um projecto, de um sonho.
Estes objectivos nunca estiveram ao alcance das marcas. Tem havido sempre outros factores - humanistas, de protesto - para manifestações. Contudo, se Obama se tornou ele próprio uma marca, então ele foi sem dúvida o primeiro. Enquanto "empresa" política. Enquanto entidade comercial, com tal mobilização, apenas e só o Real Madrid se tornou pioneiro. Se a adoração do futebol se poderia considerar como uma religião, as novas armas e estratégias de branding associadas aos (super) clubes colocam-nos em patamares de elevada mobilização e veneração quase ideológica. Sim, porque juntar 50.000 (a pagar) para receber Kaká, e 80.000 (de graça) para entronizar Cristiano Ronaldo é sinónimo de como o poder das marcas desportivas existe como tal.
Real Madrid e Barcelona; Manchester United, Liverpool, Arsenal e Chelsea; Inter e AC Milan associados à Nike e Adidas têm esse poder. Todas elas têm contribuído cada vez mais para intensificar (vender) a emoção, a vitória, a competição, o sucesso, o desejo.
_

Hyde Park Memorial For 7/7 Bombing Victims




2009-07-01