Como uma celebridade valeu mais pela beleza do corpo que pelo trabalho, e como um trabalho valioso quase se desvanecia por uma imagem absurda.
Reduzir Farrah Fawcett e Michael Jackson a estas redundâncias pode ser exagerado, mas é um ponto de vista interessante para analisar pois as suas vidas definiram-se por momentos belos e monstruosos. A ex-Charlie's Angel viveu à sombra desta glória (a minha Angel de eleição será sempre Jaclyn Smith), sendo que os seus melhores trabalhos enquanto actriz foram bem posteriores. O mundo precisava de outra loura sex-symbol, perdido que estava desde a morte de Marylin, e foi nesta base inócua que a fama ofuscou Farrah, na verdade muito mais e muito menos que a idealização pop pressupõe. E por fim, por via desse mesmo mundo pop, igualmente cruel, a sua morte foi "violentamente" ultrapassada pelo falecimento do "rei da Pop". Michael Jackson carregava sobre os ombros esse pesado título, onde contudo o seu melhor trabalho vem dos anos 70 e 80. Todos sabemos dos seus problemas que o levaram da beleza inocente e criativa a transformar-se numa figura estranha, absurda, perdida.
No fim o que fica para a memória de todos será o que de melhor foram e deram.
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How a celebrity was worth more by her beauty than for her work, and how a valuable body of work almost got overblown by years of an awkward image.
Downgrading Farrah Fawcett and Michael Jackson to these redundancies may seem exaggerated but there is an interesting point of view in this, for their lives can be defined in beautiful and monstrous moments. The ex-Charlie's Angel lived on the shadow of this glory (my favourite Angel has always been Jaclyn Smith), though her best work as an actress comes much later. The world was hungry for another blonde sex symbol, lost that is was after Marylin's sudden death, and on that shallow ground fame overcome Farrah, in fact a woman that was much more and much less than the pop ideal represents. And in the end, that same pop world, in its cruel form, made her death look forgetable when the "King of the Pop" himself died. Upon Michael Jackson's shoulders that title was a heavy burden, brought with his best work from the 1970s and 1980s. Everyone knows his problems and how they led him from an innocent and creative beauty into a strange, absurd, lost character.
In the end, what remains is the best of what they were and gave.
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