Chegámos a um periodo da nossa história no qual as incertezas dominam o nosso horizonte. À parte toda a evolução e desenvolvimento das nossas (ocidentais) sociedades, a sustentabilidade do planeta continua deveras instável e constantemente em perigo. Vem aí o fim dos tempos?
É o projecto Europeu que caminha desligado dos cidadãos. A interminável questão israelo-palestiniana, problema-solução de diversos conflitos e atritos. A ilegalidade da intervenção no Iraque. O ameaça constante da Al-Qaeda. A ineficaz e desrespeitada ONU. A eterna fome e guerras em África. As pobrezas e desiguladades na América Latina. A tragédia de Darfur continuamente trágica. A destruição das florestas húmidas. A proto-ditadura dissimulada de pseudo-democracia nos EUA, na Rússia, na China. O governo Santana/Portas que olha mais para o seu umbigo e para os media do que para as reais necessidades deste país. É (alguma, mas mais consumida) comunicação social que se debruça enjoativamente sobre futilidades e inutilidades e dramas humanos exaustivamente abordados.
Os interesses materiais, imediatos e pessoais, sobrepõem-se aos interesses colectivos dos cidadãos e da natureza. O desrespeito pelos valores da Revolução Francesa, o desprezo pela Carta das Nações Unidas, o esquecimento dos ideais do 25 Abril, são reflexo da mesquinhez individual e do poder que os líderes/administrações políticas e económicas possuem.
Dir-me-ão que ainda existem coisas belas no mundo, para não ser pessimista. Concordo inteiramente. O planeta é extraordinário. Já repararam na excelência do design, por exemplo, das frutas? As formas, as soluções, as cores? Pensem na banana, na laranja, no côco. Deliciem-se com as belezas das milhares de orquideas que existem, e da imponência dos embondeiros. O espanto que são os crocodilos, os elefantes, os falcões. A inteligência, ainda por explorar mais, dos golfinhos e das baleias. A variedade supra-maravilhosa das paisagens naturais como Uluru na Austrália, as quedas do Niagara, as estepes da Sibéria, o Serengueti, o Gerês. A valiossísima riqueza e legados históricos e artísticos dos nossos antepassados, tais como as civilizações Egípcia, Azteca, Polinésia, Chinesa, Europeia, Islâmica. A variedade da criação artística actual. As maravilhas do avanço (positivo) da ciência e da tecnologia.
Como vêem motivos não faltam. Mas a realidade actual doi. É o futuro do nosso mundo, nas suas espantosas diversidades que está em causa.
Que horizonte queremos? Que horizonte teremos?
2004-10-20
2004-10-14
2004-10-08
Censura III
Editorial do Público
"O Preço da Liberdade", Miguel Sousa Tavares
"Marcelo", Eduardo Prado Coelho
o Independente
"O Preço da Liberdade", Miguel Sousa Tavares
"Marcelo", Eduardo Prado Coelho
o Independente
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Victor Barreiras
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Portugal
2004-10-07
Censura II
Comentários sobre a censura ao Prof.Marcelo Rebelo de Sousa
Público:
Editorial: "Ainda mal começou...", José Manuel Fernandes
"A resposta da fraqueza", Pacheco Pereira
"Contraditório", Eduardo Prado Coelho
Canal/Jornal de Negócios:
"O inimigo principal", Fernando Sobral
Diario Digital
"Marcelo e as 'ondas de paixão'", Clara Ferreira Alves
Expresso online
"Democracia a saque", José António Lima
Público:
Editorial: "Ainda mal começou...", José Manuel Fernandes
"A resposta da fraqueza", Pacheco Pereira
"Contraditório", Eduardo Prado Coelho
Canal/Jornal de Negócios:
"O inimigo principal", Fernando Sobral
Diario Digital
"Marcelo e as 'ondas de paixão'", Clara Ferreira Alves
Expresso online
"Democracia a saque", José António Lima
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Victor Barreiras
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Portugal
Censura
Ressurgiu do vale dos mortos um ser maléfico que deixa um rasto de tom azul por onde passa. Ontem a vítima foi o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, e a própria TVI - que apesar do que os accionistas pretendem, também a estação fica beliscada.
Este acto proto-censório é verdadeiramente intolerável e inconcebível num governo de um estado de direito democrático. Estas suspeitas, que todos os quadrantes da sociedade e da política sentem, é de uma gravidade tal, que se torna absolutamente necessário o apuramento da verdade.
Numa incredulidade colectiva, o país assistiu a mais uma actuação arrogante, prepotente e descarada deste pseudo-governo, que cada vez mais caminha para o abismo, e com ele arrasta Portugal. Onde o regresso à luz se avizinha já quase como uma mitologia à espera de um Messias.
E no entanto, depois do que se viu com o barco do aborto, acaba por não ser tão espantoso...
Como Pacheco Pereira escreveu sobre este assunto: "Isto está pior do que se imaginava, e eu sempre o imaginei muito mal".
Este acto proto-censório é verdadeiramente intolerável e inconcebível num governo de um estado de direito democrático. Estas suspeitas, que todos os quadrantes da sociedade e da política sentem, é de uma gravidade tal, que se torna absolutamente necessário o apuramento da verdade.
Numa incredulidade colectiva, o país assistiu a mais uma actuação arrogante, prepotente e descarada deste pseudo-governo, que cada vez mais caminha para o abismo, e com ele arrasta Portugal. Onde o regresso à luz se avizinha já quase como uma mitologia à espera de um Messias.
E no entanto, depois do que se viu com o barco do aborto, acaba por não ser tão espantoso...
Como Pacheco Pereira escreveu sobre este assunto: "Isto está pior do que se imaginava, e eu sempre o imaginei muito mal".
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Victor Barreiras
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2004-09-07
Designers do it better

A importância de recorrer a quem sabe, a quem aprendeu, a quem trabalha para servir um objectivo maior que ganhar dinheiro, ou o jeito que possa ter a fazer "bonecos". É tornar eficaz a forma/função, dar respostas e proporcionar soluções viáveis, fazer simples e bonito sempre, sempre a par de funcional e eficaz.
Ser designer é ser autor/artista/técnico/profissional. É ser alguém consciente e do mundo. Que o seu trabalho tenha importância real para os clientes e o mercado. Ser designer é ser exigente e observador, ser culto e honesto.
De acordo com Bruno Munari, importantíssimo teórico do design “o designer é um projectista dotado de sentido estético, que trabalha para a comunidade" e que "(...) tem um método para abordar os vários problemas quando se trata de projectar (...) procura projectar objectos que além de servirem bem as suas funções, tenham também um aspecto coerente segundo uma escolha, ao qual dá origem àquilo que eu creio poder definir como a estética da lógica.''
E diz também que “segundo os princípios do bom design, o consumidor anónimo deve sentir a presença de um trabalhador que também pensou nele, no sentido de produzir um objecto que funcione bem e que tenha além disso a sua estética.”
O Design assume-se como multidisciplinar, concebe, planifica e concretiza ideias, soluções, objectos e formas de comunicação com o objectivo de servir o Homem, a Sociedade, a Economia e o Meio-Ambiente.
A prática de planificação e busca de soluções originais aplicadas em cada trabalho visam expandir o negócio dos clientes, sendo também um factor importantíssimo para a modernização, a definição de estratégias e formas de competitividade vantajosas e eficazes para enfrentar o mercado.
Mas, neste país, vê-se muita porcaria feita por pessoas que arrogantemente abusam da palavra design. Que afinal não têm nenhum curso, nem nehuma especialização, nem cultura nem atitude para ser designer. São na maioria tipos que sabem umas coisas de web e no Corel que em (reles) PCs fazem uns "bonecos" - como dizem os clientes - vulgo logotipos, ou então têm lojas e assistência informática, e que se lembram de fazer uns sites e apresentações multimédia (antes em FrontPage, agora já sabem mexer no Flash!...) sem qualidade, sem noção de tudo o que foi anteriormente descrito. E praticam preços baixíssimos disvirtuando e degradando o mercado. A estes eu chamo concorrência terrorista. Design também significa qualidade, e isso tem um preço correspondente.
Mas grande parte do problema está nos níveis educacionais e culturais de Portugal. Uma classe empresarial e trabalhadora com pouca atitude, e a milhas de compreender o essencial do design. Uma classe política e técnica que não compreende que a formação escolar é de uma importância vital para o desenvolvimento do país. Em Inglaterra existe no parlamento, uma comissão permanente (constituída por deputados, portanto) dedicada ao design! Contam-se pelos dedos as empresas que em Portugal pensam design (e marketing).
O desenvolvimento de conceitos visuais é um elemento primordial para a identidade de uma marca, ideia, ou conceito. Criar conceitos de clara eficácia, onde o objecto produzido — gráfico, industrial, ou simplesmente visual, indiferentemente das aplicações — deve ser algo que implícita e explicitamente comunique a função em harmonia com a forma. Novas conceptualizações de espaço e forma ajudam a traduzir funções para os quais a comunicação visual está vocacionada, daí que a experimentação deve sempre ser vista como algo de essencial, como uma busca da perfeição ou da simples acção de comunicar bem.
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Victor Barreiras
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Design
2004-09-01
2004-08-30
2004-08-24
Modigliani

Nu adormecido com os braços abertos
(Nu vermelho)
1917
Óleo sobre tela 60x92 cm
Milão, Colecção Gianni Mattioli
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Victor Barreiras
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Art
Before Sunset

You must remember this
a kiss is still a kiss
Aguardamos todos ansiosamente a continuação de "Before Sunrise"
Before Sunset website
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Victor Barreiras
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Cinema
2004-08-23
2004-08-15
2004-08-09
Zine
Antes de mais quero agradecer a todos pelas centenas de e-mails enviados com o vosso incentivo.
Por isso, e só para vós, aqui fica um link para uma zine portuguesa:
Ben-zine#01
Por isso, e só para vós, aqui fica um link para uma zine portuguesa:
Ben-zine#01
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spear
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Design-Editorial
2004-08-04
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