2007-01-16

Babel



A incomunicabilidade. A desconfiança. O estranho. A violência. A complexidade do ser humano. Os mesmos elementos de Crash (Colisão), mas agora num contexto global, paradigma de que a nossa sociedade permanece prisioneira de si mesma. Afinal todos sabemos disso. Os diferentes valores e tradições culturais e sociais são notórios e, na generalidade, não sabemos lidar com eles. Mas também por que não queremos, seja por inconsciência, seja por preconceito, enredados em ideologias demagógicas e unilaterais, afastando-nos da realidade de que todos estamos juntos no mesmo barco que se chama Terra. Babel significa tudo isto e também o valor e o risco da liberdade e da própria vida, emergidos na violência que nos assalta pelos conceitos e preconceitos. E como cada gesto nosso pode influenciar uma cadeia de acontecimentos imprevisíveis. É daqueles assuntos que gosto num filme. Já ganhou diversos prémios, Cannes e Golden Globe Awards. Poderá não ter (ler aqui) a força de Colisão ou 21 Gramas mas creio que a mensagem passa.

Realizado por Alejandro González Iñarritu (de Amor Perro e 21 Grams), com Brad Pitt, a extraordinária Cate Blachet, o precioso Gael Garcia Bernal e Adriana Barraza, Koji Yakusho e Rinko Kihuchi.

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