"(...) há mais esperança no futuro, e também mais confiança no presente, conforme nos deslocamos para norte e/ou para o mundo anglo-saxónico. Porque lá há mais oportunidades, mais eficiência económica e, por vezes, também mais equidade social. Mesmo que falte sol e a delícia de viver entre ruínas de um passado grandioso.
(...) não existe um, mas sim quatro modelos sociais na Europa: o nórdico, o anglo-saxão, o continental e o mediterrânico (...) os dois primeiros se destacam pela sua eficiência económica, sendo o nórdico mais equitativo que o anglo-saxão. Ambos têm sustentabilidade e poder de atracção. Já o modelo continental é equitativo mas não é eficiente e o mediterrânico, nem é equitativo, nem eficiente. Um e outro são insustentáveis.
Daí que tenhamos de mudar de vida (e de modelo, com tudo o que isso implica) ou de mudar de país (imigrando, como sempre fizemos, só que agora as portas abrem-se sobretudo para os melhores de nós, o que é ainda mais trágico para os que cá vão ficando) (...)"
José Manuel Fernandes
"Onde mora a esperança?"
Editorial PÚBLICO 15.11.2005
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