2011-07-21
The Final Mission
It's quite ironic to see the end of the spaceshuttle missions on the same day, years ago, when Neil Armstrong made his first step on the Moon. That giant leap inspired us all. With Challenger, Columbia, Endeavour, Discovery and Atlantis millions of people around the world kept the dream of space alive. So many children along these thirty years wished to be scientists and astronauts, because of these spaceships.
NASA captured the imagination of the planet with missions of science, danger and adventure. The International Space Station (ISS) may be a project that Earth can be proud of, but from now on there'll be a strange emptiness. The crisis killed the program, but mainly, I believe, due to constant mismanagement of the ideals and projects of NASA in the last 15 years by the US government. The unacceptable spending on endless wars are the last reason. The lack of money is a new national shame upon a unique enterprise such as NASA.
Farewell Atlantis. And thanks to thousands of people that made all this possible.
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É quase irónico que a última missão do spaceshuttle ocorra no mesmo dia quando, há quarenta e dois anos atrás, Neil Armstrong deu o primeiro passo na Lua. Aquele salto gigantesco inspirou-nos. Com o Challenger, Columbia, Endeavour, Discovery e o Atlantis milhões de pessoas no mundo inteiro mantiveram vivo o sonho do espaço. Tantas crianças ao longo destes trinta anos desejaram ser cientistas e astronautas, por causa destas naves.
A NASA capturou a imaginação do planeta com missões de ciência, perigo e aventura. A Estação Espacial Internacional (ISS) pode ser um projecto para orgulho da Terra, mas a partir de agora há uma estranha sensação de vazio. A crise matou o programa, mas cabe acima de tudo a responsabilidade, nos últimos 15 anos, ao governos dos Estados Unidos pela contínua má gestão dos ideais e projectos da NASA. Os gastos imensos com guerras sem fim foram a razão última. A falta de dinheiro é uma nova forma de vergonha nacional sobre uma empresa única como é a NASA.
Adeus Atlantis. E obrigado a milhares de pessoas que tornaram tudo isto possível.
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By
Victor Barreiras
Etiquetas:
Space
2011-07-20
Europa moribunda
Reza a lenda que Zeus capturou a bela Europa sob a forma de um touro branco. Milhares de anos depois, o deus do Olimpo é representado pela cobiça dos mercados que mantêm refém a Europa, perdida na sua inércia, enganada no seu rumo, moribunda por carência de audácia política. A falta de visão estratégica da União Europeia prossegue, toda ela se move vagarosa nas decisões, recheada de calculismos egoístas, incapaz de soluções, demolidora dos ideais de solidariedade e progresso comuns.
A verdade dos factos tem conquistado mais adeptos do que sempre defendi: o federalismo. O que demasiados Tratados não souberam fazer, muitos países recearam ou repudiaram. O avanço na aproximação económica há muito que deveria ter tomado um caminho paralelo interligado, na comunhão política como um governo único. A estrutura da comunidade actual está danificada quase até à raíz, assente em pilares confusos, sem poderes e sem estratégia. O desnorte existente, quer por parte da Comissão, de um denominado Presidente da UE apenas protocolar, e dos países membros tem levado a União Europeia à beira da ruína. Presos pelos interesses individualistas da Alemanhã e da França, tudo o resto não se move. As duas maiores economias da Europa têm todos a seus pés pelas piores razões. Tudo isto nós sabemos. Tal como a evidente falta de líderes à altura dos desafios
A Europa clama por mudança, séria e audaz. A Europa precisa de liderança, visão e estratégia. Necessitamos de uma nova orgânica política e social da UE. Necessitamos de um governo eleito por todos os europeus, tal como os eurodeputados o são. Urge recuperar o ideal de progresso comum e o crédito internacional de um projecto único. É absolutamente essencial que também nas instâncias europeias os cidadãos façam parte do processo político - aproximando-os com verdade, transparência e responsabilidade. O sucesso da Europa está nas pessoas e nas suas capacidades, numa estratégia comum integradora, progressista e solidária.
Arrastar o problema nunca foi solução eficaz, mas andamos nisto há anos. Se a Europa não der um passo novo, a sua condição moribunda prevalecerá até um desfecho inaceitável.
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A verdade dos factos tem conquistado mais adeptos do que sempre defendi: o federalismo. O que demasiados Tratados não souberam fazer, muitos países recearam ou repudiaram. O avanço na aproximação económica há muito que deveria ter tomado um caminho paralelo interligado, na comunhão política como um governo único. A estrutura da comunidade actual está danificada quase até à raíz, assente em pilares confusos, sem poderes e sem estratégia. O desnorte existente, quer por parte da Comissão, de um denominado Presidente da UE apenas protocolar, e dos países membros tem levado a União Europeia à beira da ruína. Presos pelos interesses individualistas da Alemanhã e da França, tudo o resto não se move. As duas maiores economias da Europa têm todos a seus pés pelas piores razões. Tudo isto nós sabemos. Tal como a evidente falta de líderes à altura dos desafios
A Europa clama por mudança, séria e audaz. A Europa precisa de liderança, visão e estratégia. Necessitamos de uma nova orgânica política e social da UE. Necessitamos de um governo eleito por todos os europeus, tal como os eurodeputados o são. Urge recuperar o ideal de progresso comum e o crédito internacional de um projecto único. É absolutamente essencial que também nas instâncias europeias os cidadãos façam parte do processo político - aproximando-os com verdade, transparência e responsabilidade. O sucesso da Europa está nas pessoas e nas suas capacidades, numa estratégia comum integradora, progressista e solidária.
Arrastar o problema nunca foi solução eficaz, mas andamos nisto há anos. Se a Europa não der um passo novo, a sua condição moribunda prevalecerá até um desfecho inaceitável.
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Victor Barreiras
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Europa
2011-07-12
2011-07-06
2011-07-01
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