2007-02-23

Zeca



Tinha eu 15 anos quando José Afonso morreu. Como tantos da minha geração, num país avesso a honrar convenientemente os seus maiores, o verdadeiro contacto com a sua obra deu-se em 1994 com a edição "Filhos da Madrugada" idealizado por Manuel Faria (Trovante) e produzido em conjunto com João Gil (Trovante) e Tim (Xutos). Neste duplo albúm juntavam-se os Madredeus, GNR, Vozes da Rádio, Peste&Sida, Opus Ensemble, Xutos, Sétima Legião, Mão Morta e outros mais para cantar as magníficas canções de José Afonso. O fascínio abriu o apetite e logo "Cantigas do Maio" de 1971 e "Venham mais cinco" de 1973 passaram a constar da minha discoteca caseira. A partir daí também para mim passou a ser "o Zeca". Desde então o conhecimento e o valor que dou à sua obra - nalguns trabalhos repletos de uma modernidade musical incrível - é inquestionável. Mais que o cantor da Resistência e da Revolução, Zeca é o cantautor-mor deste rectângulo luso.
Hoje no vigésimo aniversário da sua morte, também eu celebro a sua obra, a sua vida. Aqui ouço apenas as suas músicas tão ricas de sentimento, força, mensagem e inovação.



Ao longo deste mês, a fantástica Cristina Branco tem apresentado no Teatro São Luis, em Lisboa, noites únicas dedicadas a Zeca Afonso.

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