2011-02-25
2011-02-23
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2011-02-17
2011-02-16
2011-02-11
Renovar a Democracia
Democracia etimologicamente significa o poder do povo, e como tal, enquanto sistema político, não sendo perfeito, é aquele que melhor garante os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Como tudo na vida é política, tal sistema nunca é garantido por completo, pelo que cabe aos mesmos cidadãos velar pela execução, manutenção e melhoramento da democracia. Impende sobre os cidadãos o dever de intervenção e defesa desses tão intrínsecos valores, tal como objectivamente promover a ética, a responsabilidade e a defesa do bem comum. Porque é possível fazer melhor.
Por isso criámos o blog Renovar a Democracia, um espaço dedicado a todos os que no seu quotidiano, sentem a necessidade de reflectir sobre aquilo que os rodeia. Sobretudo em matérias como a condução do destino colectivo, a vida em sociedade e a necessidade de mudança que o presente teima em mostrar. É um espaço que procura a reflexão ética e responsável, independentemente da sua origem ideológica ou social.
Não fomos por arrasto de movimentos que entretanto foram surgindo. Trata-se de um projecto cuja idealização data alguns meses e que viu finalmente inaugurado o seu espaço público.
Porque achamos que a mudança começa em cada um de nós, desafiamos todos os que sentem essa necessidade de mudança a contribuir na procura de soluções que nos indiquem um futuro mais justo. Pensamos que a crítica das acções e a denúncia dos problema são relevantes, mas mais importante é contribuir com opiniões e propostas que possam ter efeito no decurso das nossas vidas. A vida de cada um de nós e a organização da sociedade é demasiado importante para só pensarmos profundamente sobre elas quando se marcam eleições. Ou julgar que apenas a alguns compete. Porque para contrariar um tempo de degradação é necessário um tempo de mudança.
Não nos movemos pela demagogia nem pelo populismo, não somos apolíticos quando tudo na verdade é objecto da política. Somos democratas e cidadãos que crêem na racionalidade e na verdade, na transparência e na pluralidade, no debate são de ideias construtivas e progressistas.
A Democracia é um projecto em curso, em continuada reformulação. A Democracia pode ser renovada. Defendemos a transformação do sistema: pela reforma da Constituição na diferenciação dos objectivos, poderes, checks and balances e responsabilidades partilhadas; pela reformulação do sistema eleitoral e a representatividade dos partidos; pela reorganização territorial; pela reafirmação da ética e valores democráticos e republicanos; pela fraternidade e o respeito da individualidade; pela justiça e a igualdade.
A luta por um amanhã brilhante está nas mãos de cada um. A audácia não pode sucumbir ao medo que nos comprime. A esperança num futuro sorridente é energia pura que nos fará vencer. Nenhum caminho é fácil de trilhar, mas é possível chegar ao fim. É possível acreditar. O tempo para mudar é agora, chegou o momento da lucidez. Por uma Democracia renovada, vamos criar a mudança.
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Victor Barreiras e Ivo Gomes
11.02.2011
The day of victory and joy
Amel Pain / EPA
After 18 days of struggle and democratic urge for change, Mubarak at lasts resigns as President of Egypt.
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Depois de 18 dias de luta e uma urgência democrática para a mudança, Mubarak finalmente demite-se.
Hoje é um dia de vitória, de alegria. Vitória da razão e do povo. Uma vitória para o Egipto. Um evento histórico que é um farol de esperança, significando que a liberdade e a justiça podem ser alcançadas. Que um novo começo é um amanhã brilhante.
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2011-02-10
2011-02-09
2011-02-07
O país inteiro deve deixar de se sentir parvo
Têm feito de nós parvos. E tão parvos todos temos sido. Ano após ano. Governo após governo. Década após década. Crise após crise.
Mas finalmente, a percepção colectiva da urgência de actuar, da necessidade de mudança, está a alargar-se cada vez mais. Todos sentimos isto, e vai crescendo. Sinónimo disso é o surgimento de movimentos no facebook.
O sinal mais recente - e mais mediático - foi há dias quando Deolinda actuou no Coliseu do Porto com uma cançao inédita. Em menos de um fósforo, "Parva que eu sou", está a tornar-se num hino de verdade e de revolta. Quando Ana Bacalhau entoa “sou da geração do já-não-posso-mais / que esta situação dura há tempo demais” isto é um claro grito de raiva, é um clamar à acção.
O MediaMarkt tem como horrível campanha/slogan "Eu é que não sou parvo". Talvez agora, na reacção à verdade da canção dos Deolinda, na necessidade de intervir, gritar contra tantos responsáveis (ou irresponsáveis) também esta frase "eu é que não sou parvo" porque esta situação dura há tempo demais.
Não basta pedir a demissão do governo. Alternância em que nada muda não é solução. Há muito engano, muita mentira, muita demagogia. Há muita incompetência, muito deixa-andar, muita inoperância, muita desresponsabilização. Há muita desconfiança, muita crispação. Há muita impaciência, muita desigualdade, muita dificuldade, muita incerteza.
O sinal mais recente - e mais mediático - foi há dias quando Deolinda actuou no Coliseu do Porto com uma cançao inédita. Em menos de um fósforo, "Parva que eu sou", está a tornar-se num hino de verdade e de revolta. Quando Ana Bacalhau entoa “sou da geração do já-não-posso-mais / que esta situação dura há tempo demais” isto é um claro grito de raiva, é um clamar à acção.
O MediaMarkt tem como horrível campanha/slogan "Eu é que não sou parvo". Talvez agora, na reacção à verdade da canção dos Deolinda, na necessidade de intervir, gritar contra tantos responsáveis (ou irresponsáveis) também esta frase "eu é que não sou parvo" porque esta situação dura há tempo demais.
Não basta pedir a demissão do governo. Alternância em que nada muda não é solução. Há muito engano, muita mentira, muita demagogia. Há muita incompetência, muito deixa-andar, muita inoperância, muita desresponsabilização. Há muita desconfiança, muita crispação. Há muita impaciência, muita desigualdade, muita dificuldade, muita incerteza.
As manifestações pela mudança e pela democracia no Egipto são um óptimo exemplo a seguir. A coragem e a lucidez, a força e a capacidade colectivas demonstradas são alavanca primordial para agir, para mudar a situação.
A Democracia está doente, o país está enfermo. É preciso mudar! É necessário alterar o sistema político, afinar a sua representatividade e exigir responsabilidade.
Eu quero deixar de me sentir parvo.
O país inteiro quer deixar de se sentir parvo.
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A Democracia está doente, o país está enfermo. É preciso mudar! É necessário alterar o sistema político, afinar a sua representatividade e exigir responsabilidade.
Eu quero deixar de me sentir parvo.
O país inteiro quer deixar de se sentir parvo.
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"A geração parva", Rui Tavares
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Victor Barreiras
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Portugal
2011-02-04
O princípio do fim
O fim da tranquilidade, do império, da paz. Há cinquenta anos atrás, Portugal entrava numa etapa crucial da sua existência. Pode ter sido uma acção fracassada, mas aquela madrugada de 4 de Fevereiro de 1961 foi o primeiro sinal de mudança.
Munidos de catanas e paus, centenas de angolanos, com o intuito de libertarem presos políticos das cadeias de Luanda, iniciaram a luta armada pela independência de Angola. A partir daqui, e com os horríveis massacres de Março, todo o império colonial tremeu.
Formaram-se três frentes de guerra que, como qualquer guerra, mostrou o melhor e o pior do ser humano
2011-02-03
2011-02-02
The Independent at Cairo
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Victor Barreiras
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Design-Editorial
2011-02-01
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