2009-01-17

a guerra é uma merda


Jeremy Nell, The Times, South Africa

O direito à defesa é inegável. O dever de lutar pelos ideais de liberdade e justiça também. Ambas se interligam, mas também se confrontam. A culpabilidade e o valor dos mortos tornam-se insignificantes ou inaudivelmente atrozes. Mais um embate israelo-palestiniano termina daqui a pouco, tempo suficiente antes da tomada de Obama como presidente dos EUA. A hipocrisia do cessar-fogo é tanto jogo político como o próprio início desta operação. Os diversos interesses estratégicos na mesa nada mais são que manobras eternas de falsos moralismos conjugadas com verdades irresolúveis. A solução não passa pela guerra, mesmo que o Hamas seja abominável, mas as respostas israelitas, mesmo que justas quanto à defesa da sua existência, ultrapassam sempre o razoável, atingindo muitas vezes também o inaceitável.
Os ganhos concretos de mais esta intervenção veremos a partir de terça-feira, e nas eleições para o Knesset em fevereiro. Mas até lá, os perdedores são sempre os inocentes no meio disto tudo.

_