2005-08-31

o inferno existe e fica cá na Terra



PÚBLICO online | 11:15

2005-08-30

thirtysomething

Aos poucos todos vão aderindo ao Clube. O corrente ano tem sido fértil nesse aspecto. Hoje mais uma querida amiga "cá" chegou; até ao fim do ano haverá mais. Eu já sou "membro" vai para três anos e meio e, sendo 30 um número redondo, tão redondo quanto a barriga que não desejamos ter - a não ser por gravidez - é, também, para alguns uma idade-mito, do qual se tenta "fugir", mas também a percepção de transformações várias que pretendemos assumir e outras que não podemos evitar. Somos donos de nós próprios, os erros e as vitórias são profundamente marcantes, assim como os desejos e as responsabilidades: recordam-se da série de TV "Thirtysomething/Os Trintões"?
Ser trintão é muito bom. É uma sensação de "accomplishment", ainda com o espírito adolescente - particularmente actual, quando novas teorias re-colocam esta etapa muito para além do "final" tradicional. "Forever young" continua a ser o nosso ideal. Mesmo quando aderirmos ao próximo clube.

2005-08-29

Bella Figo



Única "novela" futebolística que acompanhei, a saída de Luis Figo do Real Madrid foi particularmente irritante - imagino o que ele deverá ter sentido. Afinal, para pena dele (mas um profissional não o revela) e pena minha, não foi para Inglaterra, possivelmente para o Liverpool, mas sim para o - não menos grande - Inter de Milão, equipa que este ano está especialmente motivada para vencer o Calcio e muito mais. E com Figo na "squadra" as hipóteses serão bem maiores. A estreia num jogo oficial deu-se este fim-de-semana, frente ao Treviso numa vitória por 3-0. Força aí companheiro!

2005-08-26

London: City

London: Chinatown

2005-08-24

London: Trafalgar Square

Aqui estão o National Gallery e National Portrait Gallery, Nelson's Column, e claro, a praça de Trafalgar.

London: Leicester Square

Muita animação, muita gente de todo o lado, várias ruas pedonais, muitos restaurantes, cinemas e teatros. Isto é parte do bairro Soho, o chamado West End. Logo após National Gallery e National Portrait Gallery, subindo StMartins Place, virando à esquerda em Irving Street.

2005-08-22

London experiences



Foram óptimos os dias vividos na capital britânica. Nem queria regressar. Vimos museus, ruas, edifícios, o rio, os parques, o mundo inteiro. Vimos limpeza, organização, educação, respeito, natureza, funcionalidade. Vimos tudo aquilo que gostaríamos de ter em Portugal - excepto a comida, claro. Nada lá se assemelha ao nosso triste país: as coisas funcionam, o trânsito rola devagar e com respeito, os jardins abundam, a calma e o trabalho coexistem harmoniosamente. Civismo e cidadania são elementos comuns aos Londrinos, valores pouco vistos por cá.

Enquanto lá estive pude esquecer-me deste rectângulo, embora fosse espreitando diariamente o site do Público - com notícias cada vez mais deprimentes: os incêndios, o calor abrasador, as polémicas e tricas políticas - e criou em mim um curioso sentimento de alienalidade, longe da vista mas também longe do coração, arrumando no mais escondido armário da mente, as cousas que nesta terra se passaram. Um contraste imenso com o modo de vida britânico, a forma de a encarar que, apesar da ameaça do terrorismo, nunca a pôs em causa. Em todos os museus os visitantes eram revistados - particularmente no National Gallery, como se de um aeroporto se tratasse. Impressionante o equipamento e a presença das forças de segurança que, longe de tornar o ambiente securitário, proporcionava uma sensação de confiança.
Não se ouvem buzinas, há civismo na estrada, mas não há indicações nas ruas para destinos de médio alcance (!), pode-se circular de bicicleta sem problemas (ser uma cidade plana ajuda imenso...), e vêem-se tantos Bentley, Jaguar, Aston Martin, Rolls Royce e Porsches... Os pubs floridos e cheios de confraternização. A imensa multiculturalidade: o mundo inteiro reside em Londres. Os jardins como espaços públicos magníficos e relaxantes.

O dia do regresso foi o mais absurdo. Assim que saímos do avião sentimo-nos logo cá. Pejorativamente falando. As condições, a antipatia dos funcionários - é um
falso mito a simpatia dos tugas e a antipatia dos ingleses: por lá a boa educação e a cordialidade reinam, a alegria de servir o público, o simples encontrão na rua facilita um "I'm sorry". A espera de 20 minutos pelas bagagens (em Heathrow não passou de um minuto apenas), os WC sujos e sem papel (em todos os locais que fomos havia água quente, uma limpeza clínica e papel sempre), uma sensação de sujidade (que em Londres não se sentia e que possuía todas as ruas e espaços públicos limpos - que de tão limpos os caixotes do lixo eram difíceis de encontrar, mas omissos também por razões de segurança).
Os dias seguintes foram envoltos em silêncio e ouvidos (quase) moucos às misérias de Portugal. Não quero saber de mais nada, não
quero ouvir das invejas, das hipocrisias, da desorganização, da desfuncionalidade, das tristezas, das tragédias.

Londres é uma cidade de um mundo desenvolvido e civilizado. Quando fora, vemos bem as diferenças que existem.
O plano de viagem foi cumprido em 80%, havendo portanto a "necessidade" de regressar. Vimos o
National Gallery (sentia-me como um puto no mundo dos brinquedos), British Museum (enorme), National Portrait Gallery (uma surpresa) e o Tate Modern (desilusão expositiva, maravilha espacial). Estivémos em Hyde Park, Westminster, Chelsea, Convent Garden, Trafalgar, Camden Town, Kew Gardens, etc.
Os próximos posts - recheados de fotos - provarão a imensa satisfação da visita.